O que se ouve nos canais televisivos, e muito especialmente nos da TV por cabo, onde imperam empresas como “O Pátio das Cantigas”, “Pim-Pam-Pum”, “Ideias e Letras” etc, cada qual mais apostada em erros de português e cultura geral, é de pasmar.
É óbvio que ninguém pode saber tudo, mas manda a honestidade e o respeito pelo telespectador que os tradutores e os “papagaios” que lêem os textos, se documentem antes de falar daquilo que não sabem.
Para quando um Governo que crie uma comissão constituída por linguistas e consultores técnicos, que imponham a essas empresas uma disciplina didáctica que não possuem?
De facto, o que se ouve hoje através dos meios de comunicação social (os chamados media) é de pôr os cabelos em pé a qualquer pessoa que se preocupe com a língua portuguesa, ou com assuntos básicos da cultura geral.
Comecemos, e apenas por hoje, pelo nome do livro sagrado dos muçulmanos: Corão, ou Alcorão?
Tendo dúvidas sobre esta questão, e devido a ela ter dormido muito pouco, resolvi passar o fim de semana em ‘Bufeira, no ‘Garve.
Assim, cedo abandonei as ‘mofadas, vesti uma camisola de ‘godão, meti algum dinheiro na ‘gibeira e lá fui na minha carripana. Passei o vale de ‘Cântara, atravessei a ponte dita 25 de Abril, e deixei ‘Mada para trás.
Chegado a ‘Cácer’ do Sal, parei para comer umas ‘môndegas de ‘catra, acompanhadas com salada de ‘face temperada com um excelente ‘zeite. Prossegui viagem, e tendo parado em ‘Justrel, aproveitei para beber uma cerveja sem ‘cool e ver uma antiga 'zenha. Finalmente cheguei a ‘Bufeira, onde, para meu espanto, não encontrei nenhum odor relacionado com essa palavra, a qual me parece mais empestar a língua portuguesa do que as narinas dos cidadãos!
É óbvio que ninguém pode saber tudo, mas manda a honestidade e o respeito pelo telespectador que os tradutores e os “papagaios” que lêem os textos, se documentem antes de falar daquilo que não sabem.
Para quando um Governo que crie uma comissão constituída por linguistas e consultores técnicos, que imponham a essas empresas uma disciplina didáctica que não possuem?
De facto, o que se ouve hoje através dos meios de comunicação social (os chamados media) é de pôr os cabelos em pé a qualquer pessoa que se preocupe com a língua portuguesa, ou com assuntos básicos da cultura geral.
Comecemos, e apenas por hoje, pelo nome do livro sagrado dos muçulmanos: Corão, ou Alcorão?
Tendo dúvidas sobre esta questão, e devido a ela ter dormido muito pouco, resolvi passar o fim de semana em ‘Bufeira, no ‘Garve.
Assim, cedo abandonei as ‘mofadas, vesti uma camisola de ‘godão, meti algum dinheiro na ‘gibeira e lá fui na minha carripana. Passei o vale de ‘Cântara, atravessei a ponte dita 25 de Abril, e deixei ‘Mada para trás.
Chegado a ‘Cácer’ do Sal, parei para comer umas ‘môndegas de ‘catra, acompanhadas com salada de ‘face temperada com um excelente ‘zeite. Prossegui viagem, e tendo parado em ‘Justrel, aproveitei para beber uma cerveja sem ‘cool e ver uma antiga 'zenha. Finalmente cheguei a ‘Bufeira, onde, para meu espanto, não encontrei nenhum odor relacionado com essa palavra, a qual me parece mais empestar a língua portuguesa do que as narinas dos cidadãos!
Este seria um texto que os defensores de 'Corão? teriam de utilizar se fossem coerentes. Mas já que insistem nesse disparate, esclareço:
O artigo árabe ‘al’ ou ‘az’, conforme a consoante seguinte seja lunar ou solar, distinção própria do alfabeto árabe, entrou na Península Ibérica aquando da invasão muçulmana em 711. Os povos que então a habitavam, começaram a ouvir o referido artigos ligado aos substantivos, pelo que o primeiro se tornou parte integrante dos segundos. Como tal, quase todas as palavras começadas por 'al' ou 'az' (exceptua-se por ex., almoço, que vem do latim), mantêm o artigo como fazendo parte integrante da palavra. Se a consoante seguinte for lunar será 'al': al-qaçr; se for solar o 'l' passa a 'z': az-zait.
Logo, o termo correcto é Alcorão, e não Corão como alguns nos vêm tentando convencer, seja para mostrar uma erudição que não possuem ou, pior aímda, imitando os franceses, ingleses, e outros povos que nunca estiveram sob a dominação árabe. Sempre o nosso complexo de inferioridade!
Quem não estiver de acordo comigo, peço o favor de consultar o prefácio do Presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa, publicado na edição do “Alcorão” pela editora Europa América, ou ainda, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa e o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado.
- E por hoje é tudo! Prometo mais, e muito mais…
O artigo árabe ‘al’ ou ‘az’, conforme a consoante seguinte seja lunar ou solar, distinção própria do alfabeto árabe, entrou na Península Ibérica aquando da invasão muçulmana em 711. Os povos que então a habitavam, começaram a ouvir o referido artigos ligado aos substantivos, pelo que o primeiro se tornou parte integrante dos segundos. Como tal, quase todas as palavras começadas por 'al' ou 'az' (exceptua-se por ex., almoço, que vem do latim), mantêm o artigo como fazendo parte integrante da palavra. Se a consoante seguinte for lunar será 'al': al-qaçr; se for solar o 'l' passa a 'z': az-zait.
Logo, o termo correcto é Alcorão, e não Corão como alguns nos vêm tentando convencer, seja para mostrar uma erudição que não possuem ou, pior aímda, imitando os franceses, ingleses, e outros povos que nunca estiveram sob a dominação árabe. Sempre o nosso complexo de inferioridade!
Quem não estiver de acordo comigo, peço o favor de consultar o prefácio do Presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa, publicado na edição do “Alcorão” pela editora Europa América, ou ainda, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa e o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado.
- E por hoje é tudo! Prometo mais, e muito mais…