20/11/2013

ARMAS QUÍMICAS!

ONDE ESTÁ O PROBLEMA?


Este artigo vai ser curto por dois motivos: primeiro, porque estou a escrever “A minha ida à guerra colonial”, o que vai levar longos meses; segundo, porque já me referi a assuntos semelhantes no artigo “SERÁ QUE NO SÉCULO XX SÓ HOUVE UM HOLOCAUSTO?”. 
A histeria que se está a criar sobre o uso de armas químicas na Síria é tão hipócrita que poderia ocupar páginas e páginas numa repetição de acontecimentos que toda a gente conhece, e que seria tão fastidioso como inútil.
Assim, e como inútil que é, será apenas como um desabafo de quem há muito não entende este mundo.

Mas depois de muito rir (sim, rir!) sobre este assunto, e como já considerava a estupidez e a crendice humanas como as únicas coisas passíveis de serem maiores do que o Universo, resolvi formar uma trilogia juntando-lhes a HIPOCRISIA!

Que horror! Gasear as pessoas como os Alemães fizeram na Primeira Guerra Mundial? Nem pensar! Por isso, tal tipo de armas foi proibido. Não é suficiente a quantidade de produtos químicos que os exércitos utilizam na arte de matar, como o napalm, as minas, os desfolhantes, a pólvora, etc. etc.? Não chegam estes? Claro que sim, até porque sob certos aspectos os seus efeitos são muito mais requintados, provocando esgares e gritos de dor e não de alucinados. O que vale é que Deus, Alá, Xiva, e todos os seus ‘comparsas’ são grandes…

E, a propósito disto e para terminar, não resisto a transcrever um excerto do livro de Norman Dixon, “A Psicologia da Incompetência dos Militares”:
- «O serviço militar trás consigo muitas privações. A boa comida, o lar, o conforto, a segurança, a vida em família são sacrificados à luta contra um inimigo para o qual muitos dos combatentes sentem pouca animosidade. É dentro deste contexto que eles são obrigados a violar o Quinto Mandamento. Se obedecerem a este comportamento não-cristão, serão recompensados; se desobedecerem, serão punidos. Cabe aos capelães tentar a reconciliação. A sua função será tranquilizar o rebanho militar, dizendo-lhes que, estando Deus do seu lado, é possível ignorar o Quinto Mandamento enquanto dura a guerra. Como conseguem eles reconciliar isto com a consciência que terão de que, muito provavelmente, os soldados inimigos estarão a ouvir o mesmo discurso dos seus capelães, continua a ser um dos mistérios da mentalidade eclesiástica.»

E da minha, também. Por isso, e pedindo muita desculpa, grito: "porra, porra e mais porra, até nas profundezas do Inferno”. Mas, como João Paulo II acabou com ele, apesar de ser uma obra de Deus, transfiro a minha raiva para o Céu - se é que algum futuro papa não vai proceder também à sua extinção. Até acho que seria uma boa ideia, porque São Pedro já não sabe o que fazer com os milhões e milhões de desalojados que agora batem, cheios de frio, à porta do Céu!