ACABEM COM OS EXAMES!
Viva a ignorância!
Até agora faziam-se exames cada vez mais fáceis para facilitar as passagens de ano dos alunos, permitindo aos governos de oportunistas, incompetentes e corruptos que temos tido apregoar as maravilhas das suas reformas na (des)educação.
Hoje propõe-se, simplesmente, a sua extinção com o apoio da senhora Catarina, a mulher que se fosse primeira-ministra resolveria todos os problemas do País, e o senhor Jerónimo, parado no tempo vai para cem anos!
Continuem a reduzir o número de escolas, fazendo exactamente o contrário do que Salazar fez, embora o acusem de ser o culpado do estado de analfabetismo em que os Portugueses se encontravam aquando do 25 de Abril.
Sou um velho de 73 anos e posso afirmar o contrário porque todos os meus estudos foram feitos nessa época.
Felizmente, alguém se lembrou de reeditar os livros da Instrução Primária do Estado Novo que reli com entusiasmo e algum saudosismo. É óbvio que discordo (como nesse tempo) de muita coisa que éramos obrigados a saber, como seja a Doutrina Cristã e o modo como se disfarçava (e contornava) as broncas dos nossos Reis.
Mas, “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, e, como sempre, nada é perfeito. Por isso recomendo aos senhores deputados nomeados, como sabemos, pelos partidos e não pelas suas capacidades, que comprem esses livros (mesmo com o dinheiro dos contribuintes) leiam, e aprendam!
Porque será que após a instauração da chamada democracia, no início dos anos lectivos, escolas, livros e professores nunca estão prontas ou colocados a tempo? Dantes, as aulas começavam sempre num dos primeiros dias de Outubro, variando apenas em função dos domingos e do feriado do dia cinco, comemorativo da implantação de República.
Curiosamente, era raríssimo um professor faltar às aulas. Será que eram menos susceptíveis às doenças do que após o 25 de Abril? E que as professoras grávidas não tinham enjoos?
Não brinquem comigo! Porra, porra e mais porra até nas profundezas do Inferno.
Na Internet, (e não só) encontra-se a maior colectânea de erros que já me foi dado ler. É de bradar aos céus! E, estou só a referir-me a textos escritos por portugueses, porque os de brasileiros e de outros países da chamada “Comunidade de Países de Língua Portuguesa” (agora com o apêndice mal cheiroso da Guiné Equatorial), por vezes até se tornam incompreensíveis!
Não contentes com isto, ainda fazem acordos ortográficos para aumentar o caos da ignorância e daqueles que ainda insistem em saber escrever português. E o Zé Povinho, como sempre, murmura contra a situação, mas aceita tudo com a habitual indiferença, apoiada na tradicional frase "tudo isto é fado". O que se pode fazer?
Posto isto, sugiro que acabem com as avaliações de professores e alunos. Afinal para que servem? Temos os grandes exemplos do senhor Silva e da senhora Assunção, as duas primeiras figuras na hierarquia da Nação. (Ao ouvir este nome recordo o nome da porteira de um prédio em que vivi quando era garoto. Nunca a vi fazer tristes figuras ou ser mal-educada; sabia estar no seu lugar).
Entretanto, como “o povo é sereno”, vamos rindo a ver e ouvir as broncas que aquelas duas personagens deram durante os seus mandatos, atingindo o primeiro a linda soma de 21 anos! E eleito pelo povo cinco vezes, como ele se gaba.
É como a louca “cantora” Natália de Andrade, que se vangloriava de ter sido a cantora lírica portuguesa que mais discos vendeu. E é verdade!
Há já muito tempo que tinha começado a organizar uma colectânea de fotos, recortes de jornais e gravações de TV com os patéticos disparates e figuras do senhor Silva. Hoje, graças à Internet, torna-se muito difícil escolher as "melhores", até porque a primeira tem graça, a segunda passa e a terceira já maça!
Todos rimos com os discursos do Almirante Américo Thomas. Foi, como Presidente da República, uma figura anódina, que convinha ao Regime depois da “tempestade" provocada pelo General Humberto Delgado em 1958. Tinha eu 15 anos e recordo como se fosse hoje quando fugi de um autocarro próximo do Saldanha. Havia um comício de apoio a General "sem medo" no Liceu de Camões, e a GNR, a cavalo, carregava sobre os manifestantes. Estes, por sua vez, respondiam com os calhaus soltos que abundavam por todo o lado devido às obras de construção do túnel do metropolitano.
Mas, antes de se sujeitar ao triste papel para que foi nomeado, Américo Thomas foi Ministro da Marinha, elevando-a a um nível só comparável ao do tempo das caravelas.
Posto isto, que obra ficará do senhor Silva? A obra de destruição do País que, como “bom aluno” da CE levou a cabo? Possivelmente nem uma colectânea de anedotas ficará para a História, porque nem isso merece.
Compilei e publiquei neste blogue as anedotas que a minha memória gravou do tempo de Salazar. Porém, sobre o senhor Silva, garanto que não “façarei”.
Quanto à senhora Assunção, sugiro que procurem na internet as tristes figuras que fez nas poucas vezes que "presidia" à Assembleia da República, e divirtam-se com os seus “conseguimentos”.
Nota:
Segundo uma revista de turismo brasileira, saída há cerca de quinze anos, entre as mais fantásticas
dissertações sobre Portugal, encontra-se esta:
“Lisboa foi quase totalmente destruída durante a Segunda Guerra Mundial mas, o primeiro-ministro
da altura, o Marquês de Pombal, reconstruíu-a segundo a traça original” !!!
Não acreditam? Tenho uma fotocópia.
Desabafos:
“Livros são papeis pintados com tinta.
“Estudar, é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma”.
“Quanto é melhor, quanto há bruma,
“Esperar por D. Sebastião, quer venha ou não.
(Fernando Pessoa in “Liberdade”).
…
“Vamos pôr os colarinhos e as gravatas! Ponhamos as máscaras sérias! Não faz mal se não tivermos cabeça, basta termos chapéu. Patrão, o mundo merece que lhe cuspamos em cima”
(Nikos Kazantzaki in “Alexis Zorba” – “o Bom Demónio” na tradução portuguesa.)
Começou por ser uma tentativa utópica para corrigir os disparates que se ouvem, vêem e lêem na comunicação social neste mundo louco onde reinam a estupidez e a ignorância. Finalmente, decidi-me a escrever sobre tudo o que me ocorrer e achar relevante ou divertido partilhar!
24/12/2015
13/12/2015
AI, MARCELO, MARCELO!
Todas as sondagens indicam que o senhor
será o nosso próximo Presidente da República.
Se tal acontecer, ficarei relativamente
satisfeito, porque voltaremos a ter um Presidente culto e que não fará cenas
tristes em público, como mandar encerrar o espaço aéreo sobre o local das férias,
fugir de uma manifestação de garotos ou comer com a boca aberta.
É óbvio que, como Presidente da
República, terá de engolir muitos sapos vivos, como receber com honras e o
melhor dos sorrisos outros presidentes ou reis, mesmo que alguns sejam uns
autênticos filhos da...mãe. A hipocrisia humana acima de tudo, ou melhor, o
dinheiro e os interesses económicos como deuses supremos.
Como já referi no artigo “em 2017 vem aí
o Chico”, a sua alegria vai ser enorme, como católico que volta e meia sente o
dever de apregoar.
Aqui, porém, a hipocrisia não será tão
grande, como quando manifestou no programa da RTP “Prós e Contras” sobre o qual
também escrevi um artigo (Junho de 2010). Aí, comento o facto de o senhor
duvidar da veracidade do documento Crimen
solicitaciones sobre a pedofilia na igreja que o senhor tanto respeita, e
de que foi guardião o cardeal Ratzinger, na altura papa.
São suas as palavras respeitantes à
alegria que todos os católicos iriam sentir com a visita do seu chefe
espiritual.
Mas, não é só por este motivo que
resolvi escrever este artigo que, o mais provável, é o senhor nunca vir a ler.
Foi um acaso fortuito, quando uma dessas
repugnantes revistas dedicadas a bisbilhotar a vida de personalidade falsamente
célebres, me passou pelas mãos.
Sem querer meter-me na sua vida privada
(sempre este modo de expressão em que dizemos coisas como sem querer ser
indiscreto, ou para não dizer que e acabamos por fazê-lo), sou levado a fazer
outro comentário sobre o seu catolicismo.
Segundo o tal pasquim, o senhor está
separado de sua mulher, mas não quer pedir o divórcio. Concordo plenamente,
porque segundo a sua crença, o que Deus uniu, (ou o padre) o Homem não pode
separar.
Mas, e a acreditar no que lá está
escrito, com fotografias tão próprias do exibicionismo que tanto aprecia, (recordo
a figura que fez quando se atirou ao Tejo para provar que não estava poluído), o
senhor tem uma relação com outra mulher, mas à distância.
Portanto, e segundo o que tentaram
impingir-me sobre a conduta moral dos católicos, o senhor vive em pecado
mortal, mesmo que venham a inventar-se as “quecas” à distância ou virtuais (não
confundir com virtude). Trata-se de mais uma contradição dos que se dizem
católicos, como os que são ricos e embora sabendo que “é mais difícil um camelo
passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”, não
abdicam das suas fortunas.
Mas, tudo bem. Repito que não tenho nada
com isso e, sinceramente, desejo-lhe as maiores felicidades se for eleito
Presidente da República desta ditosa Pátria nossa amada. Só o que não entendo,
é o que leva as pessoas a meterem-se sem necessidade em naus, sabendo que
poderão arrastar grandes tormentas.
Desabafo:
“Oh gloria de mandar! Oh vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamámos fama!
Oh fraudulento gosto, que se atiça
C’huma aura popular, que honra se chama!
“Os Lusíadas” Canto IV, estância XCV.
Edição de 1865.
Subscrever:
Mensagens (Atom)