28/03/2020

Sr. JOSÉ ALBERTO CARVALHO, SOSSEGUE, POR FAVOR!

Mais uma vez peço desculpa de não ter publicado o último artigo sobre “o maior português, mas preciso de desabafar. É que tive a triste ideia e pachorra para ouvir por inteiro dois telejornais da “TVI”, apresentado por José Alberto Carvalho. Não sei quantas vezes aquele senhor disse “coronavírus” e “covid-19”. Depois, e como é costume, vem sempre outro jornalista repetir com maior ou menor desenvolvimento o mesmo assunto. E, como é óbvio, “coronavírus” e “covid-19” continuou a ouvir-se como se fosse o fim do mundo. Julgo que foi a primeira vez que, numa espécie de alívio, dei atenção à publicidade, até que lá voltaram o “coronavírus” e o “covid-19. Mas, o pior ainda estava por vir. Com uma oratória sem fluência, hesitando frequentemente no que ia dizer, imprópria de um profissional veterano, o Sr. José Alberto disse duas vezes que era a primeira vez que o mundo se debatia com tal situação! Então a gripe asiática de 1957 que eu e a minha família incluindo a criada (perdão, empregada doméstica) apanhámos e que a nível mundial (perdão, global) matou cerca de dois milhões de pessoas? E a gripe espanhola de 1918 que matou tanta ou mais gente do que a Grande Guerra terminada nesse mesmo ano? E as epidemias de cólera, febre amarela e tifo que fustigaram a Humanidade durante séculos, cujo paroxismo talvez tenha sido a peste negra surgida no século XIV, e que se calcula que tenha morto cem milhões de pessoas numa população mundial estimada em quatrocentos e cinquenta milhões? É com afirmações sensacionalistas tais como “nunca se viu” que se vai fazendo o jornalismo que, como disse o presidente Bolsonaro, “quem não lê os jornais não se informa; e quem os lê, desinforma-se”.

E, para terminar, Sr. José Alberto, desejo-lhe sinceramente que não apanhe o “coronavírus” ou “covid-19. Mas, se tal lhe acontecer, siga o velho ditado popular: “Abinhe-se, abife-se e abafe-se”