Ao ouvir falar tanto nesta doença, agora na moda, confesso que me sinto frustrado.
Tive todas as doenças das crianças, excepto escarlatina, apanhei as gripes italiana e asiática e a dos burros, doença endémica neste famigerado planeta, mas escapei às das aves, das vacas loucas e dos suínos.
Escapei também da psitacose, doença que ataca as aves trepadoras como os papagaios, araras e periquitos, e que há anos entrou na chamada Assembleia da República para não mais a largar. (Vem a propósito lembrar o disparate que é
traduzir bird por pássaro e não por ave).
Depois disto, e como acho o nome “Zica” muito engraçado, começo a lamentar ainda não a ter contraído.
Já viram a inveja que os meus vizinhos teriam ao saber que o “maestro” (nome por que sou conhecido no prédio) está com “Zica”?
Onde terá ele conseguido tão ciclópico feito? Numa partitura daquela música chata que nos obriga a ouvir todas as noites?
Mistérios insondáveis da música, que só ele sabe!
Preocupado com esta possível inveja, e como gosto que os outros possam ter o que eu tenho, lembrei-me, no caso de ter apanhado “Zica”, de pôr um grande letreiro na janela:
EU TENHO “ZICA”! COMPRE AQUI POR 1, 99 EUROS A DOSE.
Mas, como sou uma pessoa honesta, e não vendedor de cálcio por atacado e a retalho com as terríveis consequências que este pode produzir, teria o cuidado de avisar: se não quer ter crianças com cabeças de extraterrestres, no momento do clímax, não receba o líquido do amor no sítio certo; a fantasia é o melhor remédio.
Desabafo: Esqueci-me de dizer que, nunca sofri de dismenorreia!
Conselho pedagógico: Procurem no youtube “Dilma e a Zica”.
Comentário: É a gente desta que a maioria do planeta está entregue!
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