28/04/2021

 HORROR! HERESIA!


O sagrado “Politicamente Correcto” foi vilipendiado, insultado, esmagado, no telejornal da SIC por um preto, calcule-se.

O caso deu-se na desgraçada antiga Província Ultramarina Portuguesa de Moçambique. O comandante da tropa que anda por lá em Cabo Delgado a fazer não sei o quê, mostrava à jornalista da SIC a tragédia humanitária que se abateu naquela região (abateu-se e não vai ficar por ali; lembrem-se do que estou a dizer).

Mas, deixemos estes trágicos acontecimentos para a África Negra cujos países estão em “vias de desenvolvimento” (oiço isto desde as primeiras independências nos anos cinquenta do século passado, o que me leva a concluir que por lá a única coisa que vai para a frente é o atraso) e citemos Fernando Pessoa: “que me importa os homens que sofrem ou que dizem que sofrem. Sejam como eu; não sofrerão”).

Depois deste breve momento de poesia, vamos ao verdadeiramente horripilante caso que deu origem a este artigo. Não é que, ao ser instado pela jornalista sobre se os fugitivos do massacre eram estrangeiros, o senhor comandante disparou com esta: “sim senhora; eram todos de RAÇA BRANCA!!! Calculem a desfaçatez do bom homem, por certo ignorante da nova censura que reina em Portugal e não só. Se fosse cá, e pondo as coisas ao contrário, ai de quem se atrevesse a referir-se em público ou na TV a qualquer ser humano distinguindo-o dos outros pela raça (perdão, etnia). Mas, etnia também não. Como raio poderemos identificar uma pessoa, no caso de um crime por, por exemplo, se não podemos dizer a cor, se tem os olhos em bico, se é loiro, se tem o cabelo preto ou castanho, se é careca, se é gordo ou magro, se é fabricante de panelas (leia-se paneleiro), se tem algum sinal particular, como constava nos bilhetes de identidade do antigamente, se...basta! Estou farto. Voltemos à hipótese de alguém dizer “eram todos pretos”!

Que falta fazem os campos de trabalhos forçados da Sibéria, berrariam os mais acérrimos defensores do igualitarismo como os meninos e meninas do Bloco de Esquerda que se riem quando o “bombo da festa” (leia-se André Ventura) fala na Assembleia da República, mais a velharia que resta do Partido Comunista. E viria logo a repreensão do Ex.mo Presidente da Assembleia lembrando que aquele local é sagrado e, portanto, merece respeito. Oxalá nunca lhe saia da boca (pode acontecer a qualquer um quando perde as estribeiras), citar frases populares como “isso é uma ciganice” ou “não façam judiarias”. É que a imitação de um par de cornos feita com os dedos, já por lá passou. Mentira?


Nota final: porque será que quando olho para a cara daquele senhor lembro-me sempre de um testículo?  

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