24/03/2025

 

CHEGA DE ANTI-RACISNO E XENOFOBIA, PÔRRA! (2)


Nota introdutória:

Como já não sei como escrever português, e até porque vai haver nova revisão do famigerado “acordo”, pensei em investigar o decreto de 1948 e pelo qual aprendi a escrever. Se me der na real gana, passarei a usar essa ortografia, até porque tal decreto não foi revogado e, por conseguinte, outro não poderá entrar em vigor. Assim, peço desculpa pelos erros que venha a cometer. O facto de ter correção automática no computador não me resolve nada, pois este está infectado pela cambada que modificou a grafia só para agradar aos brasileiros. Maldita falta de auto-estima!

Também peço compreensão se o que vier a escrever, já tenha sido ventilado nos artigos da extênsa primeira parte deste blogue, pois não tenho paciência para relê-los. Vamos, portanto, ao assunto que vai ser pleno de “discursos de ódio”.

Comecemos por atacar a cáfila de comentadores que invadiram os canais noticiosos. Essa gente, que tem a mania que sabe tudo, e que prevê as políticas mundiais (perdão, globais) tanto na guerra como na paz, que fala das subidas e descidas das bolsas (hei-de morrer sem saber porque isso acontece), etc, etc, arranjou um modo de ganhar a vida sem esforço, gastando apenas um pouco as cordas vocais. E tudo serve para debate (perdão, para “pôr em cima da mesa”), desde a política ao futebol, passando pelos mais variados assuntos.

E, já que mencionei cáfila, confesso que me deu um gôzo especial ao saber que o Trump tinha ganho as eleições. É que tanto esses comentecos como a grande maioria dos jornalistas, que sofrem de esquerdismo crónico, só diziam mal do homem e que quem ganharia era a gaja que concorria contra ele.

Para desespero desses "profetas", a Camela (perdão, Kamala) foi passear turistas para o deserto, enquanto o Trampa, (perdão, Trump), pôs-se a cagar para o mundo todo; excepto para o Putin, claro.

É óbvio que o “berloque da canhota” (perdão, “Bloco de Esquerda”), o “PCP” (parado no tempo vai para quarenta anos) e o “PS” (que levou por duas vezes Portugal à bancarrota) tiveram que engolir sapos vivos. Quanto aos outros ficaram assim-assim mas, no fim de contas, todos têm cumprido a ingrata missão de andarem a roubar Portugal nos últimos cinquenta anos!

Resta, assim, o “Chega”. Se quiserem saber, eu sou um do milhão e cem mil cidadãos que votaram neste partido. Goste-se ao não do Ventura (e ele não me passou procuração para defendê-lo) há que reconhecer que um partido tão jóvem, que com um único deputado ao qual passaram inúmeras rasteiras e ameaçaram com a clássica inconstitucionalidade, cresceu da maneira que se viu, só prova que o Sr. Ventura tem tomates (portuguesmente falando).

Soube da sua existência através do youtube e fiquei pasmado com o desaforo das suas intervenções na Assembleia da República; finalmente tinha aparecido alguém a quebrar a monotonia das sessões e a falar do problema dos ciganos, coisa que julgo nunca ter acontecido. Que horror! Que escândalo, berravam (e berram) os “amigos de gente”!(cito Fernando Pessoa).

É óbvio que se um dia o “Chega” chegar ao poder, não tenho ilusões sobre a resolução da endémica crise nacional, agravada por “cinquenta anos de gatunagem”! (cito Medina Carreira). Mas que iria haver maior segurança e uma limpeza de estrangeiros indesejáveis, não tenho a menor dúvida.

Mas, agora o Governo caíu (mais um) e confesso que tenho saudades das zaragatas com o senhor Santos Silva e com a senhora dona Edite Estrela. Lembram-se desta senhora ter dito à deputada Rita Matias para estar caladinha? É de morte, como se costuma dizer; felizmente tenho tudo gravado e, às vezes dou por mim a rever aquelas peixeiradas. Sempre é melhor do que assuntos já estafados como as bichas (perdão, filas) nas urgências, as grávidas à rasca sem saberem onde vão parir, a Justiça que não sei se parece uma lesma asmática ou um caracol com reumático, o Sócrates à beira da prescrição dos crimes que alegadamente cometeu, a violência doméstica, o aumento da criminalidade, etc. etc.

E que dizer do nosso bem amado Presidente da República que, depois de um primeiro mandato de que até gostei (totalmente diferente do pobre pateta que o antecedeu), tornou-se num idiota inútil?

Senão, vejamos:

Começou por ir ao funeral daquele tirano chamado José Eduardo dos Santos (não sei a que tribo angolana pertencia), um tipo que com a sua querida filha Isabel acumulou uma enorme fortuna, mantendo o seu amado povinho na mais abjecta miséria. Mas, também não é de admirar, já que todos os países (serão?) da África Negra não estão melhores. Exceptua-se um pouco a África do Sul, mas isso será ventilado noutro artigo,

Aquando dos acontecimentos no auto-proclamado “Bairro da Jamaica”, o Sr. Presidente foi confortar os coitadinhos dos residentes que o André Ventura classificou de “bandidos, em vez de ir à esquadra para se informar do estado dos polícias feridos pelas pedras atiradas pelos tais "bandidos". Não digo que todos os que lá moram o sejam, mas que os há, há. Faz-me lembrar os velho paradoxos que dizem: “não acredito em bruxas, mas que as há, há” ou "sou ateu graças a Deus".

Tempos depois não se opôs a que o Lula discursasse na Assembleia da República durante as comemorações do já estafado “25 de Abril”. Foi uma barraca com a bancada do “Chega” a mostrar cartazes e a bater nas mesas e o Santos Silva, com a cabeça perdida, a descompor os deputados utilizando o nome do partido: “Chega de insultos, chega de envergonharem Portugal”, etc. Foi de morrer a rir!

Mais adiante o Sr. Rebelo de Sousa meteu a pata na maior poça que encontrou, quando disse que devíamos indemnizar as Colónias! Mas, indemnizar o quê e a quem quando deixámos lá tudo incluindo a nossa Língua? À Isabel dos Santos e a todos aqueles pretalhões que começaram a explorar os seus irmãos de raça (perdão, etnia) sem antes terem provocado guerras civis que, no caso de  Angola, demorou dez anos? Nesta última e em Moçambique já tínhamos, praticamente, dominado os guerrilheiros. Quanto à Guiné a nossa causa estava perdida mas, em boa verdade, aquele pedaço de terra só é bom para pretos, mosquitos e crocodilos. E, Timor? Foi simplesmente abandonado à fúria dos Indonésios!

Recentemente, um general angolano declarou que o “25 de Abril” devia ser comemorado nas ex-colónias, pois esse golpe de estado em Portugal é que lhes concedeu a independência, já que tanto a República Democrática do Congo (no caso de Angola) e a Zâmbia (no caso de Moçambique) já tinham desistido de fornecer armamento aos “movimentos de libertação”.

E, agora, qual é a situação? A varíola, a cólera, a malária e a desnutrição varrem esses países e onde continua a existir o ancestral tribalismo. Quão diferente foi a nossa colonização da dos Espanhóis, Ingleses, Holandeses, Franceses e de outros. Fizemos grande negócio com a escravatura? Claro que sim. Mas esse horrendo tipo de exploração humana sempre existiu; até Platão defende-a como necessária na sua “República”. Alem disso, os factos históricos devem ser analisados nas épocas em que se deram, já que “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, todo o mundo é feito de mudança”. (Camões).

Porém, nós desenvolvemos os territórios até onde chegaram os nossos navegadores. Fizemos pouco? É evidente, devido ao facto de sermos um pequeno povo e, portanto, não termos capacidade para mais em tão vastos territórios.

Devolvam-nos as escolas, as estradas, os caminhos de ferro, os centros de vacinação e “Cabora Bassa”, é o que se pode contrapor à inqualificável ideia do senhor Rebelo de Sousa! Seria divertido ver os Estados Unidos da América a pedirem à Inglaterra uma indemnização por terem sido uma colónia da dita Inglaterra. (Se o Trump se lembra disto é capaz de pedir).

E fico por aqui. Tudo o mais que tenho para escrever fica para os próximos artigos, o que significa que continuo “no terreno”.

Entretanto espero que os tipos da Google não façam censura por conta própria.







05/03/2025

 

CHEGA DE ANTI RACISMO E XENOFOBIA, PÔRRA!


ISTO É: PÔRRRRRA COM CIRCUNFLEXO E VÁRIOS RR. PRONUNCIA-SE COM SOTAQUE HOLANDÊS! QUEM NÃO SOUBER COMO É, OIÇA UM HOLANDÊS (OU HOLANDÊSA) A FALAR.


É verdade! Volto a escrever no blogue depois de três anos e meio!

No final do último artigo intitulado “Sessenta Anos Depois”, dei a entender que só voltaria a fazê-lo se tivesse dado conta de um grande disparate em qualquer canal televisivo. Estes, de facto, aconteceram, mas não tive paciência para denunciá-los aqui. Mas, então, porquê voltar a escrever? O título explica a razão; porém, antes de ir directo a ele, vou fazer um parêntese para contar o que entretanto me aconteceu.

Estive morto ou meio-morto, como quiserem. O caso deu-se assim: No dia 24 de Janeiro de 2022 minha mulher encontrou-me sentado à mesa com a cabeça caída sobre o tampo; não falava e não esboçava qualquer movimento.

Chamado o “112” fui transportado de urgência para o hospital Amadora-Sintra onde entrei em paragem cardo-respiratória. Os médicos conseguiram “ressuscitar-me”, implantaram-me um “marca-passo” (em inglês “pacemaker”) e puseram-me uma semana em coma induzido.

Quando dei por mim senti uma horrível sensação de estar preso enquanto ouvia várias vozes. Segundo me contaram acordei a cantar ópera e a tentar desesperadamente arrancar o aparelho que tinha sido introduzido debaixo da pele. Tiveram que me prender o braço esquerdo com uma ligadura, enquanto os enfermeiros me impediam de espernear. Segundo eles, fiz uma berraria tremenda na enfermaria para onde me tinham levado.

Levei alguns tempo a compreender onde estava. O barulho era horrível com os outros três doentes sempre a falarem aos malditos telemóveis, e a televisão permanentemente ligada num canal informativo a noticiar repetidamente as tentativas de salvamento de um garoto que tinha caído num pôço em Marrocos, e a concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia.

Só passados dois ou três dias é que, verdadeiramente, tomei pleno conhecimento da realidade e, após mais uma semana de fastidioso internamento, deram-me alta.

Hoje encontro-me bem, exceptuando as articulações que estão muito perras. Vendi o carro, pois já não me sentia muito seguro a conduzir, e só saio de casa quando necessito ir ao médico. Afinal, já cá cantam oitenta e dois anos.

E “prontos”. É esta a minha história recente, e, como já me alonguei demais (sempre este maldito hábito) o assunto supra citado fica para o próximo artigo. Assim, “o programa segue dentro de momentos” e será um autêntico “discurso de ódio”, como a esquerdalha (na qual acreditei) vai classificar o que irei escrever!

Ainda mais uma coisa: apesar de já ter estado “morto”, continuo com as minhas cervejinhas. Amigas destas não se podem dispensar.