05/03/2025

 

CHEGA DE ANTI RACISMO E XENOFOBIA, PÔRRA!


ISTO É: PÔRRRRRA COM CIRCUNFLEXO E VÁRIOS RR. PRONUNCIA-SE COM SOTAQUE HOLANDÊS! QUEM NÃO SOUBER COMO É, OIÇA UM HOLANDÊS (OU HOLANDÊSA) A FALAR.


É verdade! Volto a escrever no blogue depois de três anos e meio!

No final do último artigo intitulado “Sessenta Anos Depois”, dei a entender que só voltaria a fazê-lo se tivesse dado conta de um grande disparate em qualquer canal televisivo. Estes, de facto, aconteceram, mas não tive paciência para denunciá-los aqui. Mas, então, porquê voltar a escrever? O título explica a razão; porém, antes de ir directo a ele, vou fazer um parêntese para contar o que entretanto me aconteceu.

Estive morto ou meio-morto, como quiserem. O caso deu-se assim: No dia 24 de Janeiro de 2022 minha mulher encontrou-me sentado à mesa com a cabeça caída sobre o tampo; não falava e não esboçava qualquer movimento.

Chamado o “112” fui transportado de urgência para o hospital Amadora-Sintra onde entrei em paragem cardo-respiratória. Os médicos conseguiram “ressuscitar-me”, implantaram-me um “marca-passo” (em inglês “pacemaker”) e puseram-me uma semana em coma induzido.

Quando dei por mim senti uma horrível sensação de estar preso enquanto ouvia várias vozes. Segundo me contaram acordei a cantar ópera e a tentar desesperadamente arrancar o aparelho que tinha sido introduzido debaixo da pele. Tiveram que me prender o braço esquerdo com uma ligadura, enquanto os enfermeiros me impediam de espernear. Segundo eles, fiz uma berraria tremenda na enfermaria para onde me tinham levado.

Levei alguns tempo a compreender onde estava. O barulho era horrível com os outros três doentes sempre a falarem aos malditos telemóveis, e a televisão permanentemente ligada num canal informativo a noticiar repetidamente as tentativas de salvamento de um garoto que tinha caído num pôço em Marrocos, e a concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia.

Só passados dois ou três dias é que, verdadeiramente, tomei pleno conhecimento da realidade e, após mais uma semana de fastidioso internamento, deram-me alta.

Hoje encontro-me bem, exceptuando as articulações que estão muito perras. Vendi o carro, pois já não me sentia muito seguro a conduzir, e só saio de casa quando necessito ir ao médico. Afinal, já cá cantam oitenta e dois anos.

E “prontos”. É esta a minha história recente, e, como já me alonguei demais (sempre este maldito hábito) o assunto supra citado fica para o próximo artigo. Assim, “o programa segue dentro de momentos” e será um autêntico “discurso de ódio”, como a esquerdalha (na qual acreditei) vai classificar o que irei escrever!

Ainda mais uma coisa: apesar de já ter estado “morto”, continuo com as minhas cervejinhas. Amigas destas não se podem dispensar.


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