30/07/2025

 

PORRADA EM ANGOLA


Agora que o primata negroide chamado Lourenço visita Portugal com honras de um grande senhor, e o primata caucasiano Rebelo de Sousa, contente de ter nascido para cerimónias deste tipo, e o abraça com todo o entusiasmo como se não tratasse de um ditador,

a populaça de Luanda pega-se à porrada. Motivo? A fome!

É curioso; quando nós lá estávamos nada faltava aos indígenas, nem comida, nem assistência sanitária. E, por vezes, até uma chibata. Hoje, quem precisava dela era a elite que se formou após a “pandance”* e explora os da sua raça numa das terras mais ricas do mundo!


*”Pandance”. Era assim que os nativos chamavam à independência, redução do francês “indépendance”, palavra importada do Congo Belga. Aliás, nem sabiam o que isso queria dizer, e alguns julgavam que era terem uma mulher branca (ambição principal de qualquer preto) e muitas “Cucas”, a cerveja produzida em Angola.

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Pele encarquilhada, carapinha branca,

Gondôla de renda caída na anca,

Embalando o berço do filho do sinhô,

Que há pouco tempo a sinhá ganhou.


Era assim que mãe preta fazia,

Tratva todo o branco com muita alegria;

Enquanto na sanzala pai João apanhava

Mãe preta mais uma lágrima enxugava,

Mãe preta, mãe preta.

Enquanto a chibata batia em seu amor,

Mãe preta embalava o filho branco do sinhô.”


Estes versos pertencem a uma canção brasileira e são da autoria de de Piratini com música de Caco Velho.

No “youtube” pode-se ouvir a gravação original cantada por Maria da Conceição, num registo dos anos 40 (78rot/min.) Como a letra foi proibida, David Mourão Ferreira escreveu outra intitulada “Barco Negro”, que se tornou num dos maiores êxitos de Amália Rodrigues.