PLÁGIO? SÓ PARA RIR!
A
fantochada que costumam ser as eleições nos Estados Unidos da América, e tão
bem parodiadas por Júlio Verne em “A Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, dá-me
vontade de rir.
Esses
descendentes de europeus emigrados e escravos pretos (perdão, afro-americanos!
Porque será que não me habituo à censura democrática?) e que se dizem
americanos (os autênticos sobrevivem em reservas para turista ver), conseguem
provocar a hilaridade dos seus ancestrais. Não é que na “soberba Europa”
(Camões) as chamadas eleições não tenham, também, o seu quê de pitoresco; até
porque a populaça aplaude sempre os seus favoritos a futuros patrões, recebendo
prendinhas e promessas que nunca virão a ser cumpridas.
Neste
momento, em que se aproximam as eleições nesse “país sem história*”, e a
chamada primeira dama acusa a provável rival do marido de plágio num discurso
tão hipócrita como idiota, comum a todos os políticos, só resta a receita que
diz que “rir é o melhor remédio!”.
Ah,
mulheres de um raio! Será que, com mais ou menos palavras, o discurso não é
sempre o mesmo? Porra! Até, depois de serem eleitos, os políticos continuam a
plagiar-se, isto é, não cumprem nada do que prometeram.
E
fico por aqui senão, tal como na Mitologia Grega, nunca mais acabaria. O
desenvolvimento de toda esta fantochada, compete aos jornalistas, ávidos de
todas as broncas, fantochada e tragédias omnipresentes neste famigerado
planeta.
*País
sem História.
Esta
definição surgiu na imprensa portuguesa após o começo da guerra em Angola em
Fevereiro de 1961. Depois de Salazar ter enviado tropas para aquela colónia (ou
província ultramarina, conforme queiram) o então presidente dos EUA John
Kennedy, sofrendo da mesma mania de intervir nos quatro cantos do mundo, teve o
desplante de intimar o Presidente do Conselho a suspender imediatamente o envio
de tropas para proteger a população, branca e preta (perdão, agora tenho de
dizer negra) contra os crimes horrendos que os movimentos pró-independentistas
(movimentos de libertação, como queiram) tinham cometido tanto nuns como
noutros.
Até
um tio meu, salazarista ferrenho e anti-norte-americano primário, declarou:
“isto também é demais!”
Pergunto: será?
Pergunto: será?