Vergonha, é a única palavra que
consigo encontrar para comentar o facto de a televisão pública ter começado um
noticiário, mais uma vez, com as diligências para encontrar a menina inglesa
desaparecida há sete anos!
Quantas crianças, incluindo
portuguesas, estão desaparecidas ou desaparecem todos os dias?
Mas Maddy, com o
nome mais ou menos bem pronunciado pelos jornalistas, numa espécie de concurso
entre eles, é INGLESA, súbdita de SUA MAJESTADE! Esta designação é apenas atribuída
àquela mulher, embora ainda existam cerca de vinte monarquias no mundo. As
outras casas ditas reais não têm direito a tanto.
Mas os Portugueses, como sempre
lacaios de tudo o que é estrangeiro (peço desculpa por estar sempre a pisar a
mesma tecla) nunca mais têm emenda. Era eu garoto quando os jornais e a rádio
(não havia televisão) relataram a coroação daquela jovem que, apenas com 26
anos, passava a ter milhões de “subtidos” por todo o mundo.
Hoje, e depois da França ter estado
em moda, curvamo-nos e rastejamos (é o termo) perante tudo o que é inglês.
Basta ver todos os take away, fast food, call center (leia-se
taiqueauai, fastefude, colcentere, etc. Recentemente descobri que no Fogueteiro
há uma clínica médico-veterinária que diz na tabuleta ser low-cost “laucoste”! Felizmente que os
animaizitos doentes não reparam nesta idiotice que também prolifera por todo o
país.
E no que respeita aos nossos
políticos, quando discursam no Parlamento Europeu? Essa gente, quanto mais não
seja para mostrar que sabe inglês, embora por vezes cometa erros de português,
é a única que não utiliza a língua-pátria! Até aquela caricatura de um barril
com membros e cabeça, que dá pelo nome de Merkel, só fala alemão, apesar da
origem anglo-saxónica.
Hoje, devido às técnicas de tradução
simultânea, e de o inglês ser uma língua oficiosa e não oficial, o “portuga”
pela-se por “spicar o enguelixe” e hablar
español quando encontra na rua um dos nuestros hermanos”.
Para terminar, recordo a piada utilizada
por Moita Flores na muito bem conseguida série televisiva baseada na vida do
falsário Alves dos Reis.
É quando
a mulher do governador de Angola, queixando-se do clima daquela antiga
Província Ultramarina, exclama:
- “ESTÁ UM
CHALEUR DE LA PORRE”!
E porra também digo eu, acrescentando
outras interjeições hoje muito usadas mas que me abstenho de escrever.
Nota: devido à
actualidade do tema, ainda não foi hoje que escrevi o comentário sobre o tema
“Político na Varanda”.
(Qualquer comentário sobre este blogue escrito segundo o chamado "Acordo Ortográfico" será considerado como contendo erros ortográficos grosseiros e, como tal, corrigido).
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