23/05/2014

RTP ABRE NOTICIÁRIO COM O DESAPARECIMENTO DE “MADDY”!

 Vergonha, é a única palavra que consigo encontrar para comentar o facto de a televisão pública ter começado um noticiário, mais uma vez, com as diligências para encontrar a menina inglesa desaparecida há sete anos! 
Quantas crianças, incluindo portuguesas, estão desaparecidas ou desaparecem todos os dias? 
Mas Maddy, com o nome mais ou menos bem pronunciado pelos jornalistas, numa espécie de concurso entre eles, é INGLESA, súbdita de SUA MAJESTADE! Esta designação é apenas atribuída àquela mulher, embora ainda existam cerca de vinte monarquias no mundo. As outras casas ditas reais não têm direito a tanto.
Mas os Portugueses, como sempre lacaios de tudo o que é estrangeiro (peço desculpa por estar sempre a pisar a mesma tecla) nunca mais têm emenda. Era eu garoto quando os jornais e a rádio (não havia televisão) relataram a coroação daquela jovem que, apenas com 26 anos, passava a ter milhões de “subtidos” por todo o mundo.
Hoje, e depois da França ter estado em moda, curvamo-nos e rastejamos (é o termo) perante tudo o que é inglês. Basta ver todos os take away, fast food, call center (leia-se taiqueauai, fastefude, colcentere, etc. Recentemente descobri que no Fogueteiro há uma clínica médico-veterinária que diz na tabuleta ser low-cost “laucoste”! Felizmente que os animaizitos doentes não reparam nesta idiotice que também prolifera por todo o país.
E no que respeita aos nossos políticos, quando discursam no Parlamento Europeu? Essa gente, quanto mais não seja para mostrar que sabe inglês, embora por vezes cometa erros de português, é a única que não utiliza a língua-pátria! Até aquela caricatura de um barril com membros e cabeça, que dá pelo nome de Merkel, só fala alemão, apesar da origem anglo-saxónica.
Hoje, devido às técnicas de tradução simultânea, e de o inglês ser uma língua oficiosa e não oficial, o “portuga” pela-se por “spicar o enguelixe” e hablar español quando encontra na rua um dos nuestros hermanos”.
Para terminar, recordo a piada utilizada por Moita Flores na muito bem conseguida série televisiva baseada na vida do falsário Alves dos Reis.
É quando a mulher do governador de Angola, queixando-se do clima daquela antiga Província Ultramarina, exclama:
 - “ESTÁ UM CHALEUR DE LA PORRE”!
E porra também digo eu, acrescentando outras interjeições hoje muito usadas mas que me abstenho de escrever.

  
Nota: devido à actualidade do tema, ainda não foi hoje que escrevi o comentário sobre o tema “Político na Varanda”.

(Qualquer comentário sobre este blogue escrito segundo o chamado "Acordo Ortográfico" será considerado como contendo erros ortográficos grosseiros e, como tal, corrigido).

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: qualquer comentário a este artigo escrito segundo o chamado 'novo acordo ortográfico', será considerado como tendo erros grosseiros e, como tal, corrigido.