AUSCHWITZ, 70 ANOS APÓS A LIBERTAÇÃO! MAS PORQUE NÃO SE CONTA O QUE SE SEGUIU?
A censura, o compadrio ou o medo
continuam a imperar na nossa Comunicação Social. Mais uma vez isso aconteceu
nos noticiários sobre a efeméride da libertação dos poucos que sobreviveram
naquele campo de morte.
Mas, e depois? Será que os senhores
jornalistas são tão ignorantes que não sabem que Estaline, o grande amigo de
Hitler, aproveitou os campos de extermínio nazis enchendo-os novamente, agora
com quem se opunha à sua vontade?
E que esse homem, o “Pai dos Povos”,
deixou morrer de fome milhões de ucranianos para enviar todo o trigo (a Ucrânia
era conhecida como sendo o celeiro da Europa) para os Estados Unidos? E que
aqueles que se opunham eram executados no local?
Também não sabem que os comunistas que
praticaram crimes contra a humanidade podem circular livremente pela Comunidade
Europeia?
Porque é que só se fala no “Julgamento
de Nuremberga” e na caça aos nazis que se seguiu, cujo caso mais paradigmático
foi a captura, julgamento e condenação à morte de Adolf Eichman?
Se a queda da Alemanha nazi se deu em1945,
a do Bloco de Leste foi apenas há 25 anos.
Se a queda da Alemanha nazi se deu em
Francamente, senhores jornalistas; hoje,
e graças às diversas tecnologias, a História, faz-se com documentos muito mais
fiáveis do que antigamente. Além disto, o acesso a fontes diversas é de uma tal
facilidade que só quem não quer, seja parcial ou tenha medo, não as torna
públicas.
Ensinar, além de informar, deveria ser um dever dessa profissão, mas, parece que por cá não é assim.
Ensinar, além de informar, deveria ser um dever dessa profissão, mas, parece que por cá não é assim.
A exibição da bandeira ou símbolos nazis
é um horror, concordo! Se forem exibidos por alguém em qualquer sítio, um
batalhão de jornalistas vai para “o terreno” (como agora se diz) e até é capaz
de deturpar a situação.
Recordo a exibição da suástica no
Parlamento da Madeira por aquele pândego chamado José Manuel Coelho, logo
classificada como apologia do fascismo, quando o que o homem quis demonstrar
(com excessivo exagero, é claro) que aquele era o ambiente político que reinava
no arquipélago.
Porém, se sobre o fundo vermelho
estivesse a foice e o martelo, ou as carantonhas de Estaline ou Mao-Tse-Tung (o
Grande Timoneiro), a notícia seria de somenos importância. Afinal, a nossa
estranha Constituição proíbe a apologia do fascismo, mas permite a existência
de partidos que seguem as ideologias de Hitler e Estaline, com Karl Marx como
pano de fundo.
Alguém se lembra daquele concurso
absurdo destinado a eleger o maior português de todos os tempos? E da reacção
da Exmª S.ª Dr.ª Odete Santos, deputada do Partido Comunista, quando Maria
Elisa anunciou que Salazar tinha sido o “eleito”?
À rasca, a apresentadora virou-se para a
ilustre causídica e, tentando pôr água na fervura, declarou que “mesmo assim,
Álvaro Cunhal tinha obtido uma boa classificação”. Mas, nem este elogio
abrandou a cólera da senhora que desatou a gritar como uma possessa, mais
espectacular devido ao seu característico mastigar das palavras, que 'a apologia
do fascismo era proibida pela Constituição'.
Quanto ao concurso, nunca mais se falou
nele, pudera; a menos que tivesse “ganho” outro candidato proposto, de
preferência Mário Soares ou Álvaro Cunhal.
A propósito disto tudo, vou referir um
desaguisado que descobri por acaso na Internet
, bem como uma série de asneiras que foram ditas num programa da RTP
aquando do centenário de Marcello Caetano.
Num dos programas “Ponto Contraponto” da
“SIC”, Pacheco Pereira criticou a jornalista Exmª Sr.ª D.ª Teresa Canto
Noronha, por ter dito que o Estado do Vaticano é uma monarquia absoluta. Para
tal, o comentador usou termos como “mau jornalismo”, “preconceito”, “asneira” e
“ignorância”.
É claro que veio logo o protesto, com o
clássico recurso aos anos de carreira, profissionalismo, solidariedade dos
colegas, confirmação do Vaticano, etc., etc.
Se, de facto, este confirmou, é muito
estranho, já que uma monarquia é transmitida entre parentes, começando pelo
mais próximo. A isso chama-se dinastia e, por causa desta estupidez, muitos
tarados, incapazes e déspotas foram coroados. E, há que recordar, também, que
os direitos sucessórios foram desde sempre uma das causas dos grandes conflitos
da Humanidade, as chamadas ‘guerras de sucessão’. Só excepcionalmente, como
aconteceu com o Mestre de Avis, cognominado D. João I, é que este princípio
monárquico pode ser quebrado.
Quanto ao Vaticano, segundo sei, são os
cardeais (inspirados por Deus, que costuma estar sempre distraído, como prova a
eleição de papas como Alexandre VI) que elegem o sucessor.
Quanto ao segundo caso, que ocorreu no
referido documentário da RTP, assinado por Mário Brito à frente de uma equipa
de uma dezena de colaboradores, podem-se mencionar as seguintes asneiras:
- Santos Costa, ministro da Defesa.
Correcção: na época, o Ministério da
Defesa era designado por Ministério da Guerra.
- Em 1958, Maria Callas cantou a “Aida”
no S. Carlos, contracenando com o tenor Alfredo Strauss!
Correcção: Maria Callas cantou “La
Traviata” e o tenor foi Alfredo Kraus.
- Marcello Caetano substituiu a União
Nacional pela Assembleia Nacional Popular!
Correcção: Acção Nacional Popular.
- LUAR, Liga de Acção e União
Revolucionária.
Correcção: Liga de Unidade e Acção
Revolucionária; embora união e unidade não divirjam, trata de seguir a
sequência alfabética da sigla.
Um amigo meu enviou uma mensagem, muito
divertida, a denunciar estas imprecisões mas, como é óbvio, não obteve
resposta.
Tal como um certo Aníbal, que nunca se
engana e raramente tem dúvidas, parece que a corporação dos jornalistas não
aceita a velha máxima latina de errare humanum est.
Aliás, «errare humanum est, perseverare autem diabolicum», ou seja, "errar é humano, mas perseverar (no erro) é diabólico".
Aliás, «errare humanum est, perseverare autem diabolicum», ou seja, "errar é humano, mas perseverar (no erro) é diabólico".
Mas assim se vai fazendo a História que, acumulando erros sobre erros, entra numa progressão que, cada vez mais, me
faz duvidar de uma grande parte dela no que respeita a pormenores.
Nota: qualquer comentário escrito
segundo o chamado novo acordo ortográfico, será considerado como contendo erros
grosseiros e, como tal, corrigido.
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