SESSENTA ANOS DEPOIS!!!
Fez no dia 4 de Fevereiro, sessenta anos que começou a luta armada em Angola (que depois se estenderia a Moçambique e à Guiné) e que depressa culminou no massacre dos brancos e dos pretos que estavam do seu lado. Os métodos mais atrozes foram utilizados por aqueles selvagens, como demonstraram as fotografias exibidas no Secretariado Nacional para a Informação (para maiores de 21 anos) e pelo nosso representante na ONU.
Salazar fez o que devia fazer, enviando tropas para reforçar o pequeno contingente que lá se encontrava, enquanto os brancos se defendiam com as armas que tinham, desde caçadeiras a pistolas. Muitos pretos inocentes foram mortos, mas era impossível saber de que lado estavam.
Parado no tempo, sem ligar ao desmoronamento dos antigos impérios e à independência, no ano anterior, do Congo Belga, fronteiriço a Angola, elevou o estatuto das Colónias Portuguesas ao nível de Províncias Ultramarinas e, como tal, a total integração no território português. Isto levou que a guerra, logo depois estendida a Moçambique e à Guiné, começasse a arrastar-se por anos, até ter sido substituído pelo cínico e hipócrita Marcelo Caetano. Pobre Salazar! Mal podia supor que as nossas Províncias de além-mar acabassem nas mãos dos comunistas, os seus piores inimigos.
Uma vez no poder, Marcelo Caetano tentou continuar o Salazarismo sem Salazar.
Assim, no primeiro discurso na Assembleia Nacional, começou por frisar que, primeiro que tudo, era não descurar um só momento a defesa do Ultramar. Eu, que cerca de dois meses antes tinha chegado de Angola depois de dois anos naquela Província, ou Colónia, em cumprimento do serviço militar obrigatório, franzi o sobrolho ao ouvir e ver pela TV aquela afirmação. Afinal, e no que respeitava à guerra, ficava tudo na mesma; mas, o cinismo daquele homem, depressa calou aqueles que acreditaram numa “Primavera Marcelista”.
Assim, a “PIDE” passou a chamar-se “DGS” (Direcção Geral de Segurança); a Censura passou a ser designada por “Exame Prévio” e as Províncias Ultramarinas passaram a ter o estatuto de “Estados”, numa frágil mudança para tentar convencer o mundo que se tratava, efectivamente, de territórios autónomos. Para completar a “mudança” de regime até inventou esta deliciosa frase: “evolução na continuidade”.
Mas, aquela guerra em três frentes não podia continuar. A juventude começava a desertar, a fugir para o estrangeiro ou a desistir de continuar a estudar. Volta e meia surgiam nos jornais, com um mínimo de destaque, os títulos fatídicos: mortos ao serviço da Pátria. Seguia-se um pequeno texto a informar que morreram em combate os soldados e primeiros-cabos os fulanos tais e tais. Apenas isto numa das páginas interiores dos jornais.
Porém, e ao contrário do seu antecessor, Marcelo Caetano soube tirar proveito da televisão onde, periodicamente, apresentava as suas famigeradas “conversas em família” para fazer propaganda da sua política. Mas, não era só entre a juventude, militarizada à força, que começava a reinar o descontentamento. Marcelo não sabia, ou fingia não saber, que os oficiais e sargentos, já cheios de dinheiro e também, façamos justiça, cansados com consecutivas comissões no Ultramar, começavam a conspirar contra aquela guerra sem fim à vista.
Se já havia capitães milicianos, como foi o caso do comandante da Companhia na qual estive integrado em Nova Caipemba, no norte de Angola, e que declarava a torto e a direito que era gerente de um banco em Faro e que se estava borrifando para a guerra (ainda hoje pergunto como foi possível passar dois anos numa autêntica bandalheira sem a PIDE ou os altos comandos militares saberem), já se comentava com ironia que viria o tempo dos generais milicianos.
Como graças a Salazar Portugal não sofreu os horrores da Segunda Guerra Mundial, e a guerra “fria” que logo começou entre os Estados Unidos e a União Soviética mantinha o mundo numa paz mais firmada pelas bombas atómicas do que pela diplomacia, seguir a carreira militar como profissão tinha muitos atractivos, quanto mais não fosse pelo facto de se ter promoções e ordenados vitalícios. Por isso, havia uma grande concorrência à Escola do Exército, depois pomposamente designada por Academia Militar, onde não havia mais nada que fazer do que obrigar os recrutas que cumpriam o serviço militar obrigatório a serem seus lacaios e passear os galões pelo Rossio para fazer saltar os olhos das órbitas das meninas casadoiras. Tudo bem até aqui.
Mas eis que surgiu a guerra em África, e os pedidos para entrar na aludida Academia caíram a pique. Não é de admirar porque as regalias que tal profissão oferecia mantinham-se na mesma, e as comissões que se recebiam em África atingiam mais do dobro do ordenado base. Mas, como diz o velho ditado, quem tem cu também tem medo.
Assim, a falta de oficiais e sargentos, que já se fazia sentir no final da década de sessenta do século passado, levou Marcelo Caetano a fazer a maior asneira da sua vida. Para estimular os capitães milicianos, decretou que, após um ano de preparação intensiva, estes entrassem nos quadros do exército ao lado dos profissionais. Ora estes últimos para chegarem a alferes tinham que fazer a recruta como simples cadetes, passarem a aspirantes a oficiais e depois a alferes. E, mais alguns anos depois, e após a passagem por tenentes, é que chegavam a capitães. Foi este o verdadeiro e principal motivo do golpe de estado do 25 de Abril de 1974, e não “libertar” Portugal do regime que há mais de quarenta anos o amordaçava. Caetano ainda voltou atrás revogando o decreto, mas já era tarde. A semente da revolta já estava lançada.
Entretanto, em 1973, a Guiné já proclamara unilateralmente a independência logo aceite pela maioria da comunidade internacional. Só por cá é que tudo ficou calado, tendo os Portugueses sabido da “bronca” pela imprensa estrangeira, logo desmentida pela propaganda do regime.
Mas, eis que rebenta mais uma bomba: o general António de Spínola acabara de publicar um livro intitulado “Portugal e o Futuro” que escapara ao “exame prévio” devido à alta patente do seu autor. Nele propunha-se uma federação constituída principalmente por Portugal, Angola e Moçambique. Quanto à Guiné abandonava-se pura e simplesmente, até porque já dispunha de mísseis fornecidos pelos Soviéticos. Além de não se poder lutar contra tal armamento e a contínua perda de vidas portuguesas, aquele território só interessava aos pretos, mosquitos e crocodilos. Spínola sabia-o bem, pois fora governador daquela Província Ultramarina.
A 16 de Março de 1974 inicia-se, nas Caldas da Rainha, uma marcha de tropas a caminho de Lisboa, mas esta primeira tentativa é repelida e os seus chefes presos. Dias depois, os altos comandos militares, vão a S. Bento afirmar a Marcelo Caetano que as Forças Armadas estão unidas e apoiam o Governo. Aqueles senhores passaram para a História como sendo a “Brigada do Reumático”. É óbvio que o general Spínola, entretanto demitido de comandante supremo das Forças Armadas por causa do seu livro, não compareceu. Ainda hoje pergunto como sendo Caetano um homem inteligente, embora hipócrita como todos os que lhe foram prestar juramento, acreditou naquilo que lhe disseram. Por outro lado, sabe-se que já apresentara a sua demissão ao presidente Américo Tomás, que recusou o pedido. Se fosse outro, provavelmente abandonaria o lugar e o presidente que nomeasse um substituto. Teria sido poupado aos vexames a que se sujeitou.
Mas, perguntarão os meus leitores, porque é que este tipo nos está a contar esta história toda? Tenham calma que já lá iremos. Entretanto vou ao frigorífico buscar mais uma cerveja. Mas, continuemos.
Finalmente, e como toda a gente sabe, na madrugada do dia 25 de Abril iniciou-se outro movimento que triunfou. Foi, então, nomeada uma “Junta de Salvação Nacional” constituída por sete militares de alta patente e presidida pelo general Spínola.
Na sua primeira proclamação ao País sobressaía que, para já, Portugal mantinha a sua posição de estado pluricontinental. Ora o que Spínola não sabia (ou fingia não saber) era que nas Forças Armadas militavam muitos comunistas, entre os quais o almirante Rosa Coutinho, um dos elementos da Junta de Salvação Nacional. E foi o Partido Comunista Português, se bem que na clandestinidade durante a ditadura do Estado Novo, o único que estava suficientemente organizado para o assalto ao Poder que a liberdade agora conseguida lhe concedia. Foi um erro tremendo a sua legalização, bem como a autorização concedida ao seu chefe, o sinistro Álvaro Cunhal, para voltar do estrangeiro onde se encontrava exilado.
Spínola não teve pulso para uma transição pacífica para uma democracia partidária Cercado pelas tropas revoltosas no quartel do Carmo, Marcelo Caetano chamou-o para tomar conta do País afim de evitar que o poder caísse na rua e, pouco tempo depois foi proclamado Presidente da República. Mas, não foi só o PCP o responsável pela anarquia que em breve começou a espalhar-se pelo País. À sua esquerda, quais Jacobinos às ordens de Robespierre, formaram-se cerca de doze grupelhos partidários das políticas de Estaline e Mao-Tsé-Tung.
Como paradoxo às políticas daqueles tiranos, em breve surgiram as greves e todo o tipo de reivindicações que quase levaram Portugal à bancarrota. Não foi preciso muito tempo para que a nossa moeda, o escudo, fosse desvalorizada, perdendo o seu estatuto de moeda forte aceite pela maioria dos países. Também começaram as ocupações de propriedades, os assaltos e a formação de gangs de criminosos que ainda hoje persistem.
Uma vez perdida toda a capacidade de mandar e pôr ordem no caos que aumentava de dia para dia, Spínola resignou ao cargo de Presidente da República, tendo sido substituído pelo general Costa Gomes.
Mas, todos os acontecimentos, por mais horrorosos que sejam, têm sempre a sua parte cómica, nem que seja humor negro de fraco gosto. Assim, sucedeu ao Primeiro Ministro Palma Carlos (que se demitiu pouco depois de nomeado) uma figura digna de uma ópera cómica: o coronel (depois julgo que general) Vasco Gonçalves. Os seus discursos inflamados, com os cabelos despenteados e um papel já meio esfarrapado na mão, ainda hoje fazem-me rir. Comunista convicto, idealista, lunático, auto-convenceu-se que conseguiria impor o “paraíso” comunista no nosso País. O seu último discurso em Almada, cujo texto se encontra na internet, só não faz rir porque faltam as imagens, a que assisti em directo pela televisão.
E, vem a propósito no âmbito da parte cómica de toda aquela situação, recordar que um grupo de pândegos anónimos que se intitulavam anarquistas, volta e meia escreviam frases nas paredes das quais, infelizmente, só recordo quatro. Em relação ao citado Vasco Gonçalves, passado à História como “Vasco louco”, escreveram no muro no Hospital Júlio de Matos em Lisboa (hospital para doentes mentais), as seguintes frases: “Vasquinho, volta para casa” e, algum tempo depois, “já que não vens ao menos toma os remédios”. As outras duas surgiram nos cemitérios e rezavam assim: “a terra a quem a trabalha; mortos fora dos cemitérios” e “mortos das valas comuns; ocupem os jazigos”. Sempre o bom humor do nosso povo.
Voltando ao lado sério, há que salientar que a situação caminhava para os extremos a que chegou a Revolução Francesa. Em Março 1975 um casal foi assassinado por rajadas de metralhadora quando recusou que a populaça apoiada por militares revistasse o seu carro. Havia barreiras de populares que mandavam parar os carros para verificar se tinham armas, motivo para serem logo acusados de fascistas se, por acaso tinham alguma. Isto também aconteceu comigo e a minha mãe foi insultada por populares por andar na rua com um já velho casaco de peles.
Na prisão de Caxias havia mais presos políticos do que no tempo de Salazar e Caetano. Um capitão chamado Otelo Saraiva de Carvalho, recentemente falecido e que fora o estratega do 25 de Abril, dava-se ao luxo de passar mandados de captura em branco, tendo ameaçado encher a praça de touros do Campo Pequeno com “fascistas” e fuzilá-los, tal como Pinochet fizera no Chile em relação aos comunistas.
É interessante ver como os extremos se tocam. Além disso, com outros comparsas, tentou transformar o golpe de estado numa revolução seguindo os princípios de Vasco Gonçalves.
Tendo obtido apenas cerca de quatorze por cento nas primeiras eleições, o PCP teve de se confrontar com a poderosa força das gentes nortenhas. Em Rio Maior surgiram placas nas estradas que conduziam ao Norte com a seguinte legenda: “aqui começa Portugal”. E não tardou que as sedes do PCP e dos outros grupelhos mais à esquerda fossem assaltadas pelo povo, que atirou tudo o que encontrou pelas janelas.
Finalmente, e depois da demissão forçada de Vasco Gonçalves, o almirante Pinheiro de Azevedo que lhe sucedeu, começou a pôr as coisas em ordem, tendo a utopia comunista findado com o golpe de 25 de Novembro de 1975, realizado pelo comandante dos “Comandos” Jaime Neves secundado pelo general Ramalho Eanes no ano seguinte eleito Presidente da República. Portugal voltava assim a uma normalidade agora baseada numa democracia multipartidária que, infelizmente, começou a enriquecer políticos desonestos e outros que se aproveitaram da Constituição firmada em 1976 e ainda vigente.
Quanto ao Ultramar, esse foi pura e simplesmente entregue de mão beijada aos partidos comunistas que por lá surgiram e em detrimento de outros. Vasco Gonçalves chamou-lhe “descolonização exemplar” à tragédia das guerras civis que logo começaram, e à fuga da esmagadora maioria dos brancos. Tratava-se de impor um regime político absolutamente estranho ao ancestral tribalismo e pôr os pretos espertalhões, como os Santos e os van Dunen a escravizar os seus próprios povos.
Agora, finalmente, vamos ao assunto que motivou a redacção deste artigo.
Quando o Ex.mo Senhor Paulo Portas foi ministro da defesa (não sei porque é que os países têm este tipo de ministério, já que nenhum tem o ministério do ataque) num gesto de pura gentileza, lembrou-se de que ainda havia alguns sobreviventes da chamada Guerra Colonial, e decretou que fosse paga a cada um a choruda quantia de 150 euros por ano. Foi um gesto magnífico que aumentou consideravelmente as reformas dos contemplados.
Depois, no governo do Ex.mo Senhor Passos Coelho, alguém achou que era muito dinheiro, e tirou três euros àquela citada quantia, Tudo bem até aqui. No poupar é que está o ganho.
Mas, eis que SESSENTA ANOS DEPOIS do início da guerra, e quando, como é óbvio, já poucos de nós restam neste mundo, o actual governo acena com mais dádivas de gratidão aos ex-combatentes. Tudo começou com uma carta que recebi de uma tal Direcção-Geral de Recursos da Defesa Nacional. Ao princípio pensei que era uma brincadeira, apesar do timbre da missiva com a Bandeira Portuguesa em destaque. Acabei por acreditar quando soube que um amigo meu que combateu em Moçambique, também recebeu uma carta do mesmo teor. A desfaçatez do governo leva-me a escrever alguns excertos do conteúdo da carta, assinada por uma tal Catarina Sarmento e Castro.
“Tenho a honra de enviar a V. Exa. o seu Cartão de Antigo Combatente. Este cartão confere aos Antigos Combatentes a designação de Titular de Reconhecimento da Nação, sublinhando o lugar marcante que ocupam na História de Portugal.”
“Como titular deste cartão terá acesso aos direitos consignados no Estatuto de Antigo Combatente, aprovado pela Lei nº 46/2020, de 20 de Agosto, com especial relevo para:
-Isenção de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde;
-Gratuitidade da entrada nos museus e monumentos nacionais , bem como nos
museus militares;
-Gratuitidade do passe intermodal de transportes públicos das áreas metropolitanas e
comunidades internacionais;”
Blá, blá, blá
“Considerando que é da mais elementar justiça valorizar o contributo daqueles que combateram com coragem, lealdade, abnegação e sacrifício, em vários teatros operacionais, foi criada a insígnia do Antigo Combatente (Portaria nº 3/2021 de 4 de Janeiro, a qual poderá ser requerida pelas seguintes vias:”
Blá, blá, blá.
Posto isto, fico sem saber se é melhor rir, chorar ou mandar esta gente à merda, mesmo que esta fique suja. Com que então contribuímos para a História de Portugal, isto numa altura em que os vilões parecem ter sido nós, que a nossa Bandeira foi insultada por um grupo de pretos em frente à Assembleia da República e um canalha racista chamado Mamadou Bá faz uma conferência apelando à morte de todos os brancos! Desgraçado! Se não fossem os brancos nem sabias o que era um espelho ou um chapéu-de-chuva. Ao menos os japoneses adoram-nos graças às novidades tecnológicas que nós, Portugueses, levámos para o Japão Não se trata de gratidão ou de submissão, mas sim de um mútuo e cordial respeito. E todas aquelas ofensas passaram impunes, apenas assinaladas na Assembleia da República pelo deputado Telmo Correia do CDS.
Mas, há mais: a estátua do padre António Vieira, um dos missionários que se interessou pela triste sorte dos índios do Brasil, foi vandalizada, e há quem queira transformar o Museu das Descobertas em “museu da escravatura” e a nossa epopeia marítima em “primeira globalização”. Até parece que nós fomos os únicos na triste História deste mundo a escravizar outros povos. Este fenómeno social existiu desde sempre e até Platão em “A República” se refere à escravatura como uma espécie de mal necessário. E, será que a escravidão só existiu da parte dos brancos sobre os pretos? Também estes fizeram escravos homens da sua própria raça tal como os brancos também fizeram aos da sua cor. E, em termos históricos, foi há infinitésimas partes de segundo que os nazis e os comunistas escravizaram povos inteiros.
Hoje Portugal vive debaixo da ditadura de um Constituição que caminha para os cinquenta anos, e não há maneira de a modificar pois é necessário o voto a favor de dois terços dos deputados, e a este não lhes interessa fazê-lo.
Baseada nos nossos brandos costumes, Portugal passou a receber pretos, brancos e amarelos (já restam poucos peles-vermelhas para virem, também, para cá) sem investigar a fundo ao que vêm e se são necessários ao desenvolvimento do País, e não criminosos ou, simplesmente, parasitas e concedendo com poucas reticências a nacionalidade portuguesa a essa gente, pergunto-me o que será de Portugal e da Europa, a “soberba Europa” de Camões, nas próximas décadas. Receber temporariamente refugiados de guerra, dar asilo aos que fogem de regimes tirânicos, sim; mas, será admissível adoptar tipos que vêm de países riquíssimos como Angola, Moçambique, Brasil e outros só porque não se sabem governar nem criar infraestruturas para as catástrofes naturais que possam surgir? E não há desemprego em Portugal para justificar que estrangeiros ocupem os nossos postos de trabalho? Porque não fazer como a Austrália que só recebe mão-de-obra qualificada quando não a tem entre os seus cidadãos?. Ainda me lembro da ameaça do primeiro-ministro australiano (não sei se o actual) fez quando disse que “aqueles que escaparem dos tubarões no oceano, têm as cobras venenosas à sua espera no deserto.”
Xenófobo? Racista? Serei ambas as coisas se quiserem porque com a idade que já tenho estou-me nas tintas para tudo o que me chamem, mas é triste ver no fim da vida ao que Portugal chegou. Temos um Presidente da República com muitas qualidades, mas que vai ao chamado “Bairro da Jamaica” defender os que atiraram pedras à Polícia, em vez de ir inteirar-se do estado dos agentes feridos. Agora manda milhares de vacinas contra o “covid-19” para Angola porque é um país pobre. Pobre? É melhor rir para não enlouquecer; basta pensar naquela senhora gaja chamada Isabel dos Santos e em todas as máfias que a rodeiam.
A justiça não funciona porque o código penal, enredado na maldita Constituição, permite que os processos se arrastem durante anos até prescreverem. Vejam o caso de Sócrates e não só, que anda a rir de todos nós e a gozar a vida com os milhões que lhe “oferecemos” com os nossos impostos.
Toda a classe política está desacreditada e longe vão as primeiras eleições livres de 1975 em que votaram cerca de noventa por cento dos cidadãos. Agora fica-se pelos quarenta por cento, mas os políticos ficam muito admirados fingindo não saber que a culpa é deles.
A pena máxima é de vinte e cinco anos de prisão, mas passados alguns anos, os condenados estão cá fora a preparar novos crimes. As forças policiais são agredidas e desacreditadas pelos juízes, o que só faz com que muitos polícias virem as costas para não se meterem em sarilhos ou serem apelidados de racistas se derem um simples empurrão a um preto. Todos os anos várias mulheres são assassinadas e “gangues” assaltam pessoas nas ruas. Entre eles há garotos com menos de quinze anos porque são inimputáveis. Coitadinhos! Se um cigano é interpelado por um polícia, chama por telemóvel todo o “familório” todo em seu socorro, como testemunhei há alguns anos nas Amoreiras.
Mas, para quê continuar com este assunto quando toda a gente se queixa do mesmo mas resigna-se, à boa maneira portuguesa, dizendo que “é a vida”.
“O fado é o veneno da raça”, diz o inesquecível Vasco Santana no filme “A Canção de Lisboa; e Salazar designava-o como “o exemplo típico das lamurias nacionais”. Agora apareceu um tal André Ventura que tem posto em alvoroço o marasmo da Assembleia da República. Por isso têm-lhe feito a vida negra e tentam com todas as forças pô-lo fora de combate. Mas, não será mais um Sócrates ou um oportunista? A ver vamos.
E fico por aqui. De certo modo este blogue acabou porque estou velho e não tenho pachorra para escrever muito mais. Prefiro gozar o tempo que me resta em coisas muito mais interessantes. Se voltar a escrever será apenas por ter acontecido mais uma bronca jornalística que, aliás, foi o propósito com que este blogue começou.
Obrigado a todos que leram os meus artigos, mesmo àqueles que discordam da minha maneira de ver o mundo, ou seja, este famigerado planeta como costumo dizer.
“Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal”.
(Fernando Pessoa)
Ou dizendo de uma maneira “moderna”: ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas dos escravos pretos levados para as Américas. No fim de contas, também está certo.
Exmo. Senhor
ResponderEliminarJoão Saturnino,
Caro Combatente, esperamos encontrá-lo bem!
A Biblioteca da Liga dos Combatentes é uma biblioteca especializada em Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e Guerra do Ultramar (1961-1974), com o desígnio institucional de preservação e conservação da memória nacional nestes conflitos. Neste sentido tentamos recolher o máximo de documentos que permitam preservar e conservar a memória nacional.
Em virtude dos nossos processos de pesquisa, identificámos que é autor de um livro intitulado: “A minha ida à Guerra Colonial ou como brinquei com a tropa”.
Considerando a enorme relevância histórica da publicação, gostaríamos de apelar a um apoio na possível oferta ou doação da mesma, por forma a conseguirmos disponibilizar o título aos utilizadores da Biblioteca da Liga dos Combatentes e continuar o desígnio de preservação e conservação da memória colectiva nacional.
Com os melhores cumprimentos,
João Horta - Biblioteca da Liga dos Combatentes
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