01/06/2016

AINDA O FAMIGERADO “ACORDO ORTOGRÁFICO”

A “culpa” não é minha, mas sim do actual Presidente da República (estivemos dez anos sem ter um a sério) que, em boa hora, levantou o problema do chamado 'acordo ortográfico'.

Quem ficou agastado foi o “pai” de tão triste e servil acordo, o Ex.mo Senhor Professor Doutor João Malaca Casteleiro, linguista licenciado em Filologia Românica, professor da Faculdade de Letras de Lisboa e não só, investigador, etc. etc...
Numa espécie de acto vingativo, para além de falar de “política da língua”, pasme-se, vem afirmar que o PR «tem de Cumprir a Lei e, neste momento, o A.O. constitui Lei em Portugal».

Evidentemente, senhor professor, doutor, etc. etc... Mas, que Lei? A sua e de um Conselho de Ministros apoiado por uma cambada de oportunistas nomeados pelos partidos da chamada Assembleia da República? Então o senhor professor dr., etc. etc., não sabe que é impossível, em qualquer língua, fazer coincidir exactamente a fonética com a ortografia até porque, entre outras razões, existem as pronúncias regionais? E que no falar coloquial “comem-se” letras como, por exemplo, ‘tar em vez de estar? Claro que sabe, (quem sou eu para duvidar da sua
ciência) mas gostaria de saber quais os motivos que o levaram a querer que a língua portuguesa continue a devorar-se a si própria. É que não se trata de uma modificação como a operada em 1911; as línguas evoluem e aquela mudança foi drástica. O mal é que, desde aí passámos a fazer modificações às mijas, provocando as inevitáveis misturadas, baralhando tudo e todos há décadas, 
tornando impossível não cometer erros ortográficos. 

Senhor prof., etc. etc...: um assunto como este, muito mais importante dos que já foram sujeitos a sufrágio popular, é que justifica que se faça um referendo, percebeu?

Mas, o Sr. Prof,. etc. etc..., bem como os seus adeptos, sabem muito bem que ganharia o “não”. Quer apostar, Sr. Casteleiro etc. etc...? 
Recuar custaria agora muito dinheiro, diz o Sr. Malaca etc., etc...; muito mais custa toda a ladroagem e traidores que há 42 anos abundam em Portugal, e ninguém faz nada. 

Por isso, Senhor Presidente da República, pelo menos contra o “acordo”, marchar, marchar!

Duas notas finais:

1 - Embora já tenham passado mais de quatro anos, aconselho, a quem não leu o artigo que Vasco Graça Moura (que infelizmente já não está entre nós), publicou no Diário de Notícias sob o título “Intimação ao Professor Malaca”, a lê-lo.

2 - Já que falei de traidores, também gostaria de saber se é verdade que Manuel Alegre, quando estava na Rádio Argel, denunciava os movimentos das tropas portuguesas na África.
Sem querer duvidar das várias testemunhas que o afirmam, acho muito estranho que o homem que diz que ninguém o cala, se mantenha…calado!
Incitar a desertar é uma coisa; provocar a morte ou captura de filhos do seu Povo, cuja maioria estava naquela guerra à força (como eu), chama-se TRAIÇÃO! E queria este tipo ser Presidente da República!


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