10/08/2025

 

JORNALISMO RACISTA


É curioso como a maioria dos jornalistas, que se diz antirracista,

enche os telejornais de notícias sobre as guerras entre a Rússia e a Ucrânia, bem como a de Israel contra o “Hamas”.

Todos os dias as mesmas imagens, o número de drones e mísseis, os que foram interceptados e os que não foram, o número de mortos e feridos, os Palestinianos esfomeados exibindo tachos e panelas, etc. etc..

E, para condimentarem os eventos, dão opiniões e rodeiam-se dos chamados comentadores que começaram a aparecer às carradas há uns anos para cá.

Entretanto, em muitos pontos da África Negra, a pretalhada mata-se entre si com um entusiasmo capaz de envergonhar o nosso bem-amado Afonso Henriques! Junte-se a isto as crianças de ventre inchado e costelas salientes mais as moscas que aterram nelas sem dó nem piedade. Mas, aos jornaleiros, nada disto interessa; no fim de contas é o pão-nosso-de-cada-dia.

É claro que, no caso ventilado, o racista sou eu!

30/07/2025

 

PORRADA EM ANGOLA


Agora que o primata negroide chamado Lourenço visita Portugal com honras de um grande senhor, e o primata caucasiano Rebelo de Sousa, contente de ter nascido para cerimónias deste tipo, e o abraça com todo o entusiasmo como se não tratasse de um ditador,

a populaça de Luanda pega-se à porrada. Motivo? A fome!

É curioso; quando nós lá estávamos nada faltava aos indígenas, nem comida, nem assistência sanitária. E, por vezes, até uma chibata. Hoje, quem precisava dela era a elite que se formou após a “pandance”* e explora os da sua raça numa das terras mais ricas do mundo!


*”Pandance”. Era assim que os nativos chamavam à independência, redução do francês “indépendance”, palavra importada do Congo Belga. Aliás, nem sabiam o que isso queria dizer, e alguns julgavam que era terem uma mulher branca (ambição principal de qualquer preto) e muitas “Cucas”, a cerveja produzida em Angola.

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Pele encarquilhada, carapinha branca,

Gondôla de renda caída na anca,

Embalando o berço do filho do sinhô,

Que há pouco tempo a sinhá ganhou.


Era assim que mãe preta fazia,

Tratva todo o branco com muita alegria;

Enquanto na sanzala pai João apanhava

Mãe preta mais uma lágrima enxugava,

Mãe preta, mãe preta.

Enquanto a chibata batia em seu amor,

Mãe preta embalava o filho branco do sinhô.”


Estes versos pertencem a uma canção brasileira e são da autoria de de Piratini com música de Caco Velho.

No “youtube” pode-se ouvir a gravação original cantada por Maria da Conceição, num registo dos anos 40 (78rot/min.) Como a letra foi proibida, David Mourão Ferreira escreveu outra intitulada “Barco Negro”, que se tornou num dos maiores êxitos de Amália Rodrigues.

01/06/2025

 

PROÍBAM A ÓPERA ”CARMEN”, ASTÉRIX EM “O DOMÍNIO DOS DEUSES” E “TIM-TIM NO     CONGO”.

A bem do inteligentíssimo “politicamente correcto”, acho que estas e muitas outras obras das diversas correntes artísticas, deviam ser proibidas. Senão, vejamos:

Carmen”, a imortal ópera de Bizet, tem como protagonista uma cigana que, como era de esperar, vive num acampamento de ciganos que se dedicam ao contrabando. Tudo bem até aqui; é a “cultura” deles e deve ser respeitada, mesmo que colida com as leis do país onde vivem; assim afirma a malta de esquerda. E, não só a dos ciganos mas, também a antropofagia, a excisão clitoriana, os sacrifícios de humanos e outros animais para agradar aos deuses, e outras coisas que a estupidez e a cultura dos brancos condenam. De facto, os europeus são umas bestas (eu incluído) ao ao condenarem estes “costumes folclóricos”.

No que respeita à aventura de Astérix acho que deve ser cortada a cena em que um escravo preto vem pedir ao centurião para lhe dar umas chibatadas, porque se sente muito fraco!

O álbum “Tim-Tim no Congo” devia, simplesmente, ser proibido e apreendidos os milhões que existem por esse mundo fora. Serviriam para um gigantesco e feérico “auto-de-fé”, capaz de fazer inveja à “Santa e Geral Inquisição” da Igreja Católica de Roma.

É de notar, porém, que Hergé, o “pai” de Tim-Tim, escreveu e desenhou a história em 1930, numa época em que os europeus só conheciam da África o que lhes contavam: pretos selvagens (alguns antropófagos), animais ferozes e grandes caçadas. Até na minha geração este ambiente primitivo, longe dos parâmetros da Civilização Ocidental, persistiam nas mais diversas histórias decorridas em África que eram publicadas em semanários juvenis, como o “Mundo de Aventuras” e o “Cavaleiro Andante”. Também diverti-me muito ao ler o conto infantil intitulado “Mariazinha em África” e achava muita graça ao boneco que representava um preto carregado de malas à entrada da “Casa Africana”. Procurem este nome na “Google” e divirtam-se com os cartazes desta velha casa da Rua da Victória.

Porém, quando estive em Angola, cumprindo o serviço militar obrigatório (1966/1968) como furriel miliciano, verifiquei que a pretalhada, no geral, pouco ou nada tinha mudado. Excepto, é claro, as elites negras. Mas, não vejam nisto qualquer tipo de racismo ou “discurso de ódio”, até porque fiz bons amigos pretos e mulatos que tinham o mesmo posto que eu. O que terá sido feito deles? Teriam sido fuzilados por terem pactuado com os brancos, naquele “Portugal do Minho a Timor” tão grato a Salazar? Oxalá que não.

E, para terminar, vou-lhes citar os adjectivos constantes no “Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa” sobre os ciganos: depois de explicar a origem da raça e outras coisas de interesse, escreve: Que ou aquele que trapaceia; velhaco, bandido. Incrivelmente estes simpáticos adjectivos foram mandados retirar das edições posteriores, apesar da indicação abreviada de pejorativo, como se não correspondessem à verdade. E querem (e arranjam) casas para esta gente que é naturalmente nómada e vive em acampamentos feitos com materiais que encontram ou roubam nos locais onde se instalam. Quanto às condições de higiene...bem. Por agora chega de ciganices; o tema continua no próximo artigo.

14/05/2025

 

QUANDO


Quando Luís Montenegro copia a política sobre a imigração que André Ventura anda a defender há nove anos.

Quando o seu comparsa Pedro Nuno Santos, responsável pela invasão de asiáticos e outros arma-se em anjinho e defende a mesma política. Ambos na caça ao voto para depois, como é de esperar, recuarem.

Quando se proíbe que seja revelada a nacionalidade, a côr, a raça,o sexo, e outras características de um criminoso.

Quando se disfarça uma censura descarada com a designação de “politicamente correcto”.

Quando se prolonga a ditadura de uma Constituição porque, fazendo alterações profundas, principalmente na Justiça, isso iria atingir a maioria dos políticos desta ditosa Pátria.

Quando essa mesma Constituição, que relega os partidos totalitários, permite a existência do Partido Comunista e do “berloque da canhota” (entenda-se Bloco de Esquerda).

Quando se expropria um terreno particular para construir uma mesquita.

Quando uma garota armada em comentadora política diz na TV que a cultura portuguesa é uma “cultura de merda”.

Quando deputados dão moradas falsas para receberem ajudas de custos, e não são logo expulsos do respectivo cargo.

Quando um pretalhão racista, chamado Mamadou Ba, diz que todos os brancos “colonialistas” devem ser mortos e não é imediatamente expulso para o Senegal, seu país de origem.

Quando outro preto queima, frente à Assembleia da República, a nossa Bandeira e diz que esta deve sêr mudada e só um deputado, do CDS, condena tal acção.

Quando o tal Pedro Nunes Santos afirma que todos os partidos à sua direita são fascistas, xenófobos e racistas.

Quando nas escolas se ensina de modo deturpado o que foi o “Estado Novo” e se chama Salazar de “fascista”.

Quando quem manda é a mais descarada corrupção que, através de múltiplos recursos, acaba por não sêr punida.

E quantos “quandos” eu teria ainda de acrescentar a estes para definir a desgraçada situação a que Portugal chegou.

06/05/2025

 

25 DE ABRIL, PROIBIÇÃO DE BIFANAS E PORRADA.


Interrompo a série “chega de anti-racismo, etc” para fazer um comentário sobre os cinquenta anos do “25 de Abril”. Francamente, já não há paciência. Os esquerdistas de cravinho vermelho ao peito na sessão da Assembleia da República, amplamente ornada com êsses vegetais; cá fora o desfile da populaça entoando a estafada “Grândola Vila Morena”; os comunas falando dos “valores de abril”, isto é, substituir a branda ditadura de Salazar pela feroz ditadura comunista; no “Martim Moniz”, um grupelho de extremistas de direita querendo assar um porco, possivelmente para fazer umas bifanas muito portuguêsas, e provocar os muito devotos muçulmanos que infestam e poluem a zona.

Depois, a inevitável cena de porrada para condimentar os vetustos festejos do dia em que um grupo de capitães substituíu um governo completamente podre pela podridão que é o regime actual. E, vem a propósito explicar a verdadeira razão porque aqueles senhores fizeram o golpe de estado que, depois, os comunas e outros radicais de esquerda logo transformaram em “revolução”.

A guerra nas três frentes africanas durava há onze anos; já cheios de dinheiro amealhado durante comissões sucessivas e, também, sejamos justos, já cansados, um grupo de capitães resolveu dar um golpe militar e fazer o enterro do “Estado Novo”. Se na implementação deste, em 28 de Maio de 1926, fora um general que pusera o País na ordem, agora seriam os capitães a porem o País na desordem.

A faísca partiu de um decreto do bolorento Marcelo Caetano, que permitia que os capitães milicianos (se a guerra durasse mais tempo chegaria a haver generais milicianos) fossem equiparados aos capitães do quadro permanente.

Ora estes tinham que frequentar primeiro a escola pomposamente chamada de Academia Militar; entravam como cadetes e só depois de muitas cambalhotas, muito rastejar e dar muitos tirinhos, eram promovidos a aspirantes a oficiais. Com direito a continência e tudo.

Finalmente passavam a alferes, depois de uns anos a tenente e, ainda mais uns anos, a capitães. Ora aquele decreto era uma ofensa à honra e dignidade daqueles senhores que tinham arranjado tão arduamente emprego para toda a vida. Naquela época até a gasolina era mais barata para eles; eles a quem a guerra viera interromper a pacatez de uma vida rotineira, e lhes retirara a hipótese de voltarem à vida civil. E, até está certo: se um civil pode sêr militarizado, um militar não pode sêr civilizado.

E esta, heim? Como dizia Fernando Peça há já longos, muitos longos anos.

20/04/2025

 

CHEGA DE ANTI-RACISMO E XENOFOBIA, PÔRRA! (3)


Nem de propósito. Acabo de ouvir um comentador das dezenas que infectam os canais noticiosos, a falar sôbre a África e dizer, admirado, que os países do Norte desse continente são mais desenvolvidos de que os da África sub-sahariana. (eu chamo África branca ou do Magrebe aos cinco países do Norte, e África negra a toda a barbárie situada a Sul do deserto do Sahará). Mas, adiante:

O culto comentador disse que os primeiros têm petróleo e outras riquezas como o turismo. Nada mais certo mas, e os outros? No caso de Angola, por exemplo, o turismo será escasso mas abundam riquezas incalculáveis que só aproveitam à elite que as explora. Mas, não se trata só de Angola. Como exemplo vou referir apenas mais três países: a Libéria, o Zimbabué, (antiga Rodésia) e a África do Sul.

No século XIX existiam só duas nações independentes em toda a África: a Etiópia (antiga Abissínia) e a Libéria. Esta última foi fundada em 1847 por escravos libertos dos Estados Unidos, onde uma associação filantrópica comprara o território julgo que à Inglaterra. O objectivo, muito louvável, aliás, era devolver a terras africanas os recém-libertados da horrenda condição de escravos. Mas, de boas intenções está o mundo cheio.

Assim que chegaram àquele terra que baptisaram de Libéria (liberdade) bem como a capital de Monróvia (derivado do presidente Norte-Americano James Monroe), os libertos entraram logo em conflito com as tribos locais e formaram uma elite dominadora. Bem diz o velho ditado: “não sirvas a quem serviu, nem peças a quem pediu”.

Hoje, passados quase dois séculos de independência, a Libéria é um dos países mais pobres da África, a que não faltam guerras civis e execuções de presidentes da república. Vale-lhe a enorme quantidade de navios estrangeiros que ostentam a sua bandeira e que foi inspirada na dos Estados-Unidos.

Esta vigarice marítima faz com que muitos navios, de cruzeiro ou de carga, estejam registados em países como a Libéria ou o Panamá, usufruindo de previlégios que não cabe aqui explicar. Em face disto, se pesquisarmos as “frotas” navais destes países, veremos que são “possuidores” de muitos e grandes navios, o que pode surpreender o leigo neste assunto.

Passemos, agora, ao Zimbabué.

Durante séculos este território foi habitado por diversas tribos que se guerreavam entre si e escravizavam os vencidos. Nada de anormal até aqui; trata-se, simplesmente da História da Humanidade no seu todo.

Em 1890 a Inglaterra começou a colonizar a região sob a orientação de um tal Cecil Rhodes, tendo a colónia adoptado o nome de Rodésia em sua homenagem.

Como é sabido, após o termo da Segunda Guerra Mundial, os movimentos independentistas apoiados pelos países comunistas (os tais de “as mais amplas liberdades” desse sinistro Álvaro Cunhal) começaram a varrer o mundo apregoando o direito de todos os povos à auto-determinação e independência. Porém, e como é óbvio, a agitação que provocavam nesses territórios tinha como único objectivo correr com os brancos e instalarem-se lá eles. Simples e eficaz são dois adjectivos próprios da hipocrisia humana.

Em 1965 um movimento da minoria branca liderado por um tipo chamado Ian Smith, proclamou unilateralmente a independência, e fez aprovar uma constituição que denominava o território como “Monarquia Parlamentarista da Rodésia”, facto que não agradou à Inglaterra nem a essa palhaçada designada por “Nações Unidas”. Deixem-me rir; uma organização que representa quase duas centenas de países tem, no chamado Conselho de Segurança, cinco com direito a veto. Mas, adiante.

Depois de um embargo económico e de muitas vicissitudes, incluindo uma guerra civil,um preto chamado Robert Mugabe assumiu o poder que manteria por trinta e sete anos.

O resultado foi, como não podia deixar de ser, uma inflação descontrolada, tentativas de golpes de estado provocados por tribos, como a dos Matabeles, e corrupção generalizada. Mas, o pior ainda estava por vir: a expropriação das terras dos brancos a favor dos antigos combatentes negros das guerras pela independência, atingiu o auge. Todos vimos nos noticiários televisivos do ano 2000, grupos de pretos (muito educados, diga-se de passagem) a explicar aos brancos que, agora, aquelas férteis terras lhes pertenciam. Férteis eram, sem dúvida alguma, mas era preciso cuidar delas como bons lavradores, dotes que os novos proprietários não tinham. Perante esta situação, a maioria dos brancos abandonou o país e as terras (porque seria?) deixaram de ser produtivas.

E, para terminar, um pouco da história da África do Sul.

Foi Bartolomeu Dias o primeiro europeu a contornar a ponta Sul do continente africano descobrindo, assim, a passagem para o Oceano Índico.

Estava aberto o “caminho” para as tão desejadas Índias que Vasco da Gama viria a completar em 1498.

Em meados do século XVII a Companhia Holandesa das Índias Orientais fundou a Cidade do Cabo que viria a caír nas mãos dos Ingleses.

Não tardou que conflitos entre aqueles e os boers (colonos descendentes de holandeses, flamengos e alemães) culminasse no que ficou conhecido como as “Guerras dos Boers”.

Se na primeira os Ingleses levaram um enxerto de porrada de “alguns campónios holandeses” que utilizaram a táctica de guerrilha, já a segunda foi ganha pelos Britânicos, apesar de terem sofrido pesadas baixas. A descoberta de ouro e diamantes iniciou a "Revolução Mineral” e o consequente movimento migratório branco, bem como um grande aumento económico.

Isto intensificou o domínio europeu sobre os povos indígenas (Zulús, Xossas e outros, embora nos primeiros tempos não existisse qualquer segregação racial, podendo os nativos circular livremente.

Com a proclamação pelo Parlamento Britânico, em 1910, da “União Sul- Africana”, ficaram reunidas as antigas colónias holandesas do Cabo e de Natal, bem como as Repúblicas do Estado Livre de Orange e do Transval, mas a “Lei das Terras dos Nativos”, de 1913, restringiu severamente as terras dos negros. Começava, assim, o sistema discriminatório que viria a tornar-se no apartheid (separação).

Em 1931 a União tornou-se definitivamente independente do Reino Unido e o Partido Sul-Africano e o Partido Nacional fundem-se para formar o Partido Unido com vista reconciliar  os anglófonos e os africander, ou seja os descendentes dos boers.

A política de apartheid tornou-se oficial e durou cerca de cinquenta anos. Descriminava tanto pretos como mulatos e asiáticos. Ainda me lembro da minha professora de piano, casada com um médico indiano, contar-me o que passou numa visita à África do Sul: pura e simplesmente, e como resultado do apartheid, não podiam andar juntos! Também me contou que, como vingança, um hotel de Bombaim (hoje Mombai) tinha à entrada o seguinte letreiro: “é proibida a entrada a cães e a sul-africanos”. Lamento, pelos cachorros, claro.

Findo o sistema de segregação racial, em 1990, o país depressa entrou no caos: assassinatos de centenas (senão milhares) de brancos, entre os quais muitos portugueses, desemprego, inflação, pobreza, uma elite negra a querer mandar em tudo e todos, etc. etc!

Ora, batatas. Chega-se a pensar que, afinal, o sistema de segregação racial era o mal menor. Pelo menos, e disseram-me alguns emigrantes portugueses com quem contactei, que durante aquele período tanto pretos como brancos viviam melhor, tanto na qualidade de vida, como na segurança.

Não sei. Da África Negra só conheci Angola e, para aturar pretices, chegou-me. No fim de contas, cada macaco no seu galho.

Entretanto o meu “discurso de ódio” vai continuar. Até à próxima.

24/03/2025

 

CHEGA DE ANTI-RACISNO E XENOFOBIA, PÔRRA! (2)


Nota introdutória:

Como já não sei como escrever português, e até porque vai haver nova revisão do famigerado “acordo”, pensei em investigar o decreto de 1948 e pelo qual aprendi a escrever. Se me der na real gana, passarei a usar essa ortografia, até porque tal decreto não foi revogado e, por conseguinte, outro não poderá entrar em vigor. Assim, peço desculpa pelos erros que venha a cometer. O facto de ter correção automática no computador não me resolve nada, pois este está infectado pela cambada que modificou a grafia só para agradar aos brasileiros. Maldita falta de auto-estima!

Também peço compreensão se o que vier a escrever, já tenha sido ventilado nos artigos da extênsa primeira parte deste blogue, pois não tenho paciência para relê-los. Vamos, portanto, ao assunto que vai ser pleno de “discursos de ódio”.

Comecemos por atacar a cáfila de comentadores que invadiram os canais noticiosos. Essa gente, que tem a mania que sabe tudo, e que prevê as políticas mundiais (perdão, globais) tanto na guerra como na paz, que fala das subidas e descidas das bolsas (hei-de morrer sem saber porque isso acontece), etc, etc, arranjou um modo de ganhar a vida sem esforço, gastando apenas um pouco as cordas vocais. E tudo serve para debate (perdão, para “pôr em cima da mesa”), desde a política ao futebol, passando pelos mais variados assuntos.

E, já que mencionei cáfila, confesso que me deu um gôzo especial ao saber que o Trump tinha ganho as eleições. É que tanto esses comentecos como a grande maioria dos jornalistas, que sofrem de esquerdismo crónico, só diziam mal do homem e que quem ganharia era a gaja que concorria contra ele.

Para desespero desses "profetas", a Camela (perdão, Kamala) foi passear turistas para o deserto, enquanto o Trampa, (perdão, Trump), pôs-se a cagar para o mundo todo; excepto para o Putin, claro.

É óbvio que o “berloque da canhota” (perdão, “Bloco de Esquerda”), o “PCP” (parado no tempo vai para quarenta anos) e o “PS” (que levou por duas vezes Portugal à bancarrota) tiveram que engolir sapos vivos. Quanto aos outros ficaram assim-assim mas, no fim de contas, todos têm cumprido a ingrata missão de andarem a roubar Portugal nos últimos cinquenta anos!

Resta, assim, o “Chega”. Se quiserem saber, eu sou um do milhão e cem mil cidadãos que votaram neste partido. Goste-se ao não do Ventura (e ele não me passou procuração para defendê-lo) há que reconhecer que um partido tão jóvem, que com um único deputado ao qual passaram inúmeras rasteiras e ameaçaram com a clássica inconstitucionalidade, cresceu da maneira que se viu, só prova que o Sr. Ventura tem tomates (portuguesmente falando).

Soube da sua existência através do youtube e fiquei pasmado com o desaforo das suas intervenções na Assembleia da República; finalmente tinha aparecido alguém a quebrar a monotonia das sessões e a falar do problema dos ciganos, coisa que julgo nunca ter acontecido. Que horror! Que escândalo, berravam (e berram) os “amigos de gente”!(cito Fernando Pessoa).

É óbvio que se um dia o “Chega” chegar ao poder, não tenho ilusões sobre a resolução da endémica crise nacional, agravada por “cinquenta anos de gatunagem”! (cito Medina Carreira). Mas que iria haver maior segurança e uma limpeza de estrangeiros indesejáveis, não tenho a menor dúvida.

Mas, agora o Governo caíu (mais um) e confesso que tenho saudades das zaragatas com o senhor Santos Silva e com a senhora dona Edite Estrela. Lembram-se desta senhora ter dito à deputada Rita Matias para estar caladinha? É de morte, como se costuma dizer; felizmente tenho tudo gravado e, às vezes dou por mim a rever aquelas peixeiradas. Sempre é melhor do que assuntos já estafados como as bichas (perdão, filas) nas urgências, as grávidas à rasca sem saberem onde vão parir, a Justiça que não sei se parece uma lesma asmática ou um caracol com reumático, o Sócrates à beira da prescrição dos crimes que alegadamente cometeu, a violência doméstica, o aumento da criminalidade, etc. etc.

E que dizer do nosso bem amado Presidente da República que, depois de um primeiro mandato de que até gostei (totalmente diferente do pobre pateta que o antecedeu), tornou-se num idiota inútil?

Senão, vejamos:

Começou por ir ao funeral daquele tirano chamado José Eduardo dos Santos (não sei a que tribo angolana pertencia), um tipo que com a sua querida filha Isabel acumulou uma enorme fortuna, mantendo o seu amado povinho na mais abjecta miséria. Mas, também não é de admirar, já que todos os países (serão?) da África Negra não estão melhores. Exceptua-se um pouco a África do Sul, mas isso será ventilado noutro artigo,

Aquando dos acontecimentos no auto-proclamado “Bairro da Jamaica”, o Sr. Presidente foi confortar os coitadinhos dos residentes que o André Ventura classificou de “bandidos, em vez de ir à esquadra para se informar do estado dos polícias feridos pelas pedras atiradas pelos tais "bandidos". Não digo que todos os que lá moram o sejam, mas que os há, há. Faz-me lembrar os velho paradoxos que dizem: “não acredito em bruxas, mas que as há, há” ou "sou ateu graças a Deus".

Tempos depois não se opôs a que o Lula discursasse na Assembleia da República durante as comemorações do já estafado “25 de Abril”. Foi uma barraca com a bancada do “Chega” a mostrar cartazes e a bater nas mesas e o Santos Silva, com a cabeça perdida, a descompor os deputados utilizando o nome do partido: “Chega de insultos, chega de envergonharem Portugal”, etc. Foi de morrer a rir!

Mais adiante o Sr. Rebelo de Sousa meteu a pata na maior poça que encontrou, quando disse que devíamos indemnizar as Colónias! Mas, indemnizar o quê e a quem quando deixámos lá tudo incluindo a nossa Língua? À Isabel dos Santos e a todos aqueles pretalhões que começaram a explorar os seus irmãos de raça (perdão, etnia) sem antes terem provocado guerras civis que, no caso de  Angola, demorou dez anos? Nesta última e em Moçambique já tínhamos, praticamente, dominado os guerrilheiros. Quanto à Guiné a nossa causa estava perdida mas, em boa verdade, aquele pedaço de terra só é bom para pretos, mosquitos e crocodilos. E, Timor? Foi simplesmente abandonado à fúria dos Indonésios!

Recentemente, um general angolano declarou que o “25 de Abril” devia ser comemorado nas ex-colónias, pois esse golpe de estado em Portugal é que lhes concedeu a independência, já que tanto a República Democrática do Congo (no caso de Angola) e a Zâmbia (no caso de Moçambique) já tinham desistido de fornecer armamento aos “movimentos de libertação”.

E, agora, qual é a situação? A varíola, a cólera, a malária e a desnutrição varrem esses países e onde continua a existir o ancestral tribalismo. Quão diferente foi a nossa colonização da dos Espanhóis, Ingleses, Holandeses, Franceses e de outros. Fizemos grande negócio com a escravatura? Claro que sim. Mas esse horrendo tipo de exploração humana sempre existiu; até Platão defende-a como necessária na sua “República”. Alem disso, os factos históricos devem ser analisados nas épocas em que se deram, já que “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, todo o mundo é feito de mudança”. (Camões).

Porém, nós desenvolvemos os territórios até onde chegaram os nossos navegadores. Fizemos pouco? É evidente, devido ao facto de sermos um pequeno povo e, portanto, não termos capacidade para mais em tão vastos territórios.

Devolvam-nos as escolas, as estradas, os caminhos de ferro, os centros de vacinação e “Cabora Bassa”, é o que se pode contrapor à inqualificável ideia do senhor Rebelo de Sousa! Seria divertido ver os Estados Unidos da América a pedirem à Inglaterra uma indemnização por terem sido uma colónia da dita Inglaterra. (Se o Trump se lembra disto é capaz de pedir).

E fico por aqui. Tudo o mais que tenho para escrever fica para os próximos artigos, o que significa que continuo “no terreno”.

Entretanto espero que os tipos da Google não façam censura por conta própria.







05/03/2025

 

CHEGA DE ANTI RACISMO E XENOFOBIA, PÔRRA!


ISTO É: PÔRRRRRA COM CIRCUNFLEXO E VÁRIOS RR. PRONUNCIA-SE COM SOTAQUE HOLANDÊS! QUEM NÃO SOUBER COMO É, OIÇA UM HOLANDÊS (OU HOLANDÊSA) A FALAR.


É verdade! Volto a escrever no blogue depois de três anos e meio!

No final do último artigo intitulado “Sessenta Anos Depois”, dei a entender que só voltaria a fazê-lo se tivesse dado conta de um grande disparate em qualquer canal televisivo. Estes, de facto, aconteceram, mas não tive paciência para denunciá-los aqui. Mas, então, porquê voltar a escrever? O título explica a razão; porém, antes de ir directo a ele, vou fazer um parêntese para contar o que entretanto me aconteceu.

Estive morto ou meio-morto, como quiserem. O caso deu-se assim: No dia 24 de Janeiro de 2022 minha mulher encontrou-me sentado à mesa com a cabeça caída sobre o tampo; não falava e não esboçava qualquer movimento.

Chamado o “112” fui transportado de urgência para o hospital Amadora-Sintra onde entrei em paragem cardo-respiratória. Os médicos conseguiram “ressuscitar-me”, implantaram-me um “marca-passo” (em inglês “pacemaker”) e puseram-me uma semana em coma induzido.

Quando dei por mim senti uma horrível sensação de estar preso enquanto ouvia várias vozes. Segundo me contaram acordei a cantar ópera e a tentar desesperadamente arrancar o aparelho que tinha sido introduzido debaixo da pele. Tiveram que me prender o braço esquerdo com uma ligadura, enquanto os enfermeiros me impediam de espernear. Segundo eles, fiz uma berraria tremenda na enfermaria para onde me tinham levado.

Levei alguns tempo a compreender onde estava. O barulho era horrível com os outros três doentes sempre a falarem aos malditos telemóveis, e a televisão permanentemente ligada num canal informativo a noticiar repetidamente as tentativas de salvamento de um garoto que tinha caído num pôço em Marrocos, e a concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia.

Só passados dois ou três dias é que, verdadeiramente, tomei pleno conhecimento da realidade e, após mais uma semana de fastidioso internamento, deram-me alta.

Hoje encontro-me bem, exceptuando as articulações que estão muito perras. Vendi o carro, pois já não me sentia muito seguro a conduzir, e só saio de casa quando necessito ir ao médico. Afinal, já cá cantam oitenta e dois anos.

E “prontos”. É esta a minha história recente, e, como já me alonguei demais (sempre este maldito hábito) o assunto supra citado fica para o próximo artigo. Assim, “o programa segue dentro de momentos” e será um autêntico “discurso de ódio”, como a esquerdalha (na qual acreditei) vai classificar o que irei escrever!

Ainda mais uma coisa: apesar de já ter estado “morto”, continuo com as minhas cervejinhas. Amigas destas não se podem dispensar.