24/12/2015

ACABEM COM OS EXAMES!

Viva a ignorância!
Até agora faziam-se exames cada vez mais fáceis para facilitar as passagens de ano dos alunos, permitindo aos governos de oportunistas, incompetentes e corruptos que temos tido apregoar as maravilhas das suas reformas na (des)educação.
Hoje propõe-se, simplesmente, a sua extinção com o apoio da senhora Catarina, a mulher que se fosse primeira-ministra resolveria todos os problemas do País, e o senhor Jerónimo, parado no tempo vai para cem anos! 
Continuem a reduzir o número de escolas, fazendo exactamente o contrário do que Salazar fez, embora o acusem de ser o culpado do estado de analfabetismo em que os Portugueses se encontravam aquando do 25 de Abril.
Sou um velho de 73 anos e posso afirmar o contrário porque todos os meus estudos foram feitos nessa época.
Felizmente, alguém se lembrou de reeditar os livros da Instrução Primária do Estado Novo que reli com entusiasmo e algum saudosismo. É óbvio que discordo (como nesse tempo) de muita coisa que éramos obrigados a saber, como seja a Doutrina Cristã e o modo como se disfarçava (e contornava) as broncas dos nossos Reis.
Mas, “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, e, como sempre, nada é perfeito. Por isso recomendo aos senhores deputados nomeados, como sabemos, pelos partidos e não pelas suas capacidades, que comprem esses livros (mesmo com o dinheiro dos contribuintes) leiam, e aprendam!
Porque será que após a instauração da chamada democracia, no início dos anos lectivos, escolas, livros e professores nunca estão prontas ou colocados a tempo? Dantes, as aulas começavam sempre num dos primeiros dias de Outubro, variando apenas em função dos domingos e do feriado do dia cinco, comemorativo da implantação de República.
Curiosamente, era raríssimo um professor faltar às aulas. Será que eram menos susceptíveis às doenças do que após o 25 de Abril? E que as professoras grávidas não tinham enjoos?
Não brinquem comigo! Porra, porra e mais porra até nas profundezas do Inferno.
Na Internet, (e não só) encontra-se a maior colectânea de erros que já me foi dado ler. É de bradar aos céus! E, estou só a referir-me a textos escritos por portugueses, porque os de brasileiros e de outros países da chamada “Comunidade de Países de Língua Portuguesa” (agora com o apêndice mal cheiroso da Guiné Equatorial), por vezes até se tornam incompreensíveis!
Não contentes com isto, ainda fazem acordos ortográficos para aumentar o caos da ignorância e daqueles que ainda insistem em saber escrever português. E o Zé Povinho, como sempre, murmura contra a situação, mas aceita tudo com a habitual indiferença, apoiada na tradicional frase "tudo isto é fado". O que se pode fazer?
Posto isto, sugiro que acabem com as avaliações de professores e alunos. Afinal para que servem? Temos os grandes exemplos do senhor Silva e da senhora Assunção, as duas primeiras figuras na hierarquia da Nação. (Ao ouvir este nome recordo o nome da porteira de um prédio em que vivi quando era garoto. Nunca a vi fazer tristes figuras ou ser mal-educada; sabia estar no seu lugar).
Entretanto, como “o povo é sereno”, vamos rindo a ver e ouvir as broncas que aquelas duas personagens deram durante os seus mandatos, atingindo o primeiro a linda soma de 21 anos! E eleito pelo povo cinco vezes, como ele se gaba.
É como a louca “cantora” Natália de Andrade, que se vangloriava de ter sido a cantora lírica portuguesa que mais discos vendeu. E é verdade!
Há já muito tempo que tinha começado a organizar uma colectânea de fotos, recortes de jornais e gravações de TV com os patéticos disparates e figuras do senhor Silva. Hoje, graças à Internet, torna-se muito difícil escolher as "melhores", até porque a primeira tem graça, a segunda passa e a terceira já maça!
Todos rimos com os discursos do Almirante Américo Thomas. Foi, como Presidente da República, uma figura anódina, que convinha ao Regime depois da “tempestade" provocada pelo General Humberto Delgado em 1958. Tinha eu 15 anos e recordo como se fosse hoje quando fugi de um autocarro próximo do Saldanha. Havia um comício de apoio a General "sem medo" no Liceu de Camões, e a GNR, a cavalo, carregava sobre os manifestantes. Estes, por sua vez, respondiam com os calhaus soltos que abundavam por todo o lado devido às obras de construção do túnel do metropolitano.
Mas, antes de se sujeitar ao triste papel para que foi nomeado, Américo Thomas foi Ministro da Marinha, elevando-a a um nível só comparável ao do tempo das caravelas.
Posto isto, que obra ficará do senhor Silva? A obra de destruição do País que, como “bom aluno” da CE levou a cabo? Possivelmente nem uma colectânea de anedotas ficará para a História, porque nem isso merece.
Compilei e publiquei neste blogue as anedotas que a minha memória gravou do tempo de Salazar. Porém, sobre o senhor Silva, garanto que não “façarei”.
Quanto à senhora Assunção, sugiro que procurem na internet  as tristes figuras que fez nas poucas vezes que "presidia" à Assembleia da República, e divirtam-se com os seus “conseguimentos”.

Nota:
Segundo uma revista de turismo brasileira, saída há cerca de quinze anos, entre as mais fantásticas
dissertações sobre Portugal, encontra-se esta:
“Lisboa foi quase totalmente destruída durante a Segunda Guerra Mundial mas, o primeiro-ministro
da altura, o Marquês de Pombal, reconstruíu-a segundo a traça original” !!!

Não acreditam? Tenho uma fotocópia.

Desabafos:

“Livros são papeis pintados com tinta.
“Estudar, é uma coisa em que está indistinta
 A distinção entre nada e coisa nenhuma”.
“Quanto é melhor, quanto há bruma,
“Esperar por D. Sebastião, quer venha ou não.

(Fernando Pessoa in “Liberdade”).

                                          …

“Vamos pôr os colarinhos e as gravatas! Ponhamos as máscaras sérias! Não faz mal se não tivermos cabeça, basta termos chapéu. Patrão, o mundo merece que lhe cuspamos em cima”

(Nikos Kazantzaki in “Alexis Zorba” – “o Bom Demónio” na tradução portuguesa.)

13/12/2015

AI, MARCELO, MARCELO!

Todas as sondagens indicam que o senhor será o nosso próximo Presidente da República.
Se tal acontecer, ficarei relativamente satisfeito, porque voltaremos a ter um Presidente culto e que não fará cenas tristes em público, como mandar encerrar o espaço aéreo sobre o local das férias, fugir de uma manifestação de garotos ou comer com a boca aberta.
É óbvio que, como Presidente da República, terá de engolir muitos sapos vivos, como receber com honras e o melhor dos sorrisos outros presidentes ou reis, mesmo que alguns sejam uns autênticos filhos da...mãe. A hipocrisia humana acima de tudo, ou melhor, o dinheiro e os interesses económicos como deuses supremos.

Como já referi no artigo “em 2017 vem aí o Chico”, a sua alegria vai ser enorme, como católico que volta e meia sente o dever de apregoar.
Aqui, porém, a hipocrisia não será tão grande, como quando manifestou no programa da RTP “Prós e Contras” sobre o qual também escrevi um artigo (Junho de 2010). Aí, comento o facto de o senhor duvidar da veracidade do documento Crimen solicitaciones sobre a pedofilia na igreja que o senhor tanto respeita, e de que foi guardião o cardeal Ratzinger, na altura papa.
São suas as palavras respeitantes à alegria que todos os católicos iriam sentir com a visita do seu chefe espiritual.

Mas, não é só por este motivo que resolvi escrever este artigo que, o mais provável, é o senhor nunca vir a ler.
Foi um acaso fortuito, quando uma dessas repugnantes revistas dedicadas a bisbilhotar a vida de personalidade falsamente célebres, me passou pelas mãos.
Sem querer meter-me na sua vida privada (sempre este modo de expressão em que dizemos coisas como sem querer ser indiscreto, ou para não dizer que e acabamos por fazê-lo), sou levado a fazer outro comentário sobre o seu catolicismo.
Segundo o tal pasquim, o senhor está separado de sua mulher, mas não quer pedir o divórcio. Concordo plenamente, porque segundo a sua crença, o que Deus uniu, (ou o padre) o Homem não pode separar.
Mas, e a acreditar no que lá está escrito, com fotografias tão próprias do exibicionismo que tanto aprecia, (recordo a figura que fez quando se atirou ao Tejo para provar que não estava poluído), o senhor tem uma relação com outra mulher, mas à distância.

Portanto, e segundo o que tentaram impingir-me sobre a conduta moral dos católicos, o senhor vive em pecado mortal, mesmo que venham a inventar-se as “quecas” à distância ou virtuais (não confundir com virtude). Trata-se de mais uma contradição dos que se dizem católicos, como os que são ricos e embora sabendo que “é mais difícil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”, não abdicam das suas fortunas.

Mas, tudo bem. Repito que não tenho nada com isso e, sinceramente, desejo-lhe as maiores felicidades se for eleito Presidente da República desta ditosa Pátria nossa amada. Só o que não entendo, é o que leva as pessoas a meterem-se sem necessidade em naus, sabendo que poderão arrastar grandes tormentas.

Desabafo:
“Oh gloria de mandar! Oh vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamámos fama!
Oh fraudulento gosto, que se atiça
C’huma aura popular, que honra se chama!

“Os Lusíadas” Canto IV, estância XCV.
Edição de 1865.



01/11/2015

CARNE PROCESSADA? QUALQUER DIA MORREMOS DE FOME!

Tivemos as vacas loucas, a gripe das aves, a gripe suína e, agora, a chamada carne processada (entenda-se produtos de charcutaria, como enchidos, fiambre, paio, etc.).

Francamente! Não tenho pachorra para tantas “paneleirices” (perdão, mariquices, como se dizia no meu tempo, já que a primeira designação era tabu).

Se alarmes deste tipo continuarem a surgir, aumentados pela ganância de tragédias tão do agrado dos jornalistas, haverá muitos idiotas capazes de passar fome ou de seguir dietas absurdas, julgando que chegarão aos cem anos.

Pela minha parte, nunca receei um bife de vaca “louca”, porque louco já nasci; no restaurante onde regularmente almoçava antes de me reformar, exigia ao empregado que a carne de vaca (ou de boi, sejamos democráticos) fosse de uma vaca louca (ou boi louco). Isto tanto provocava risos como desconfiança entre os comensais, o que me divertia bastante.
A gripe das aves também não me preocupou. Não sou ave, e quando voo é de avião e, segundo sei, estas máquinas voadores são imunes a tais vírus. (Excepto aos mísseis).
A gripe suína também não, porque não sou porco. 

Quanto ao futuro, talvez a próxima “epidemia” (e porque não pandemia?) talvez atinja a cerveja. Oxalá! Será mais um estímulo para continuar a deliciar-me com esse precioso líquido dourado e espumoso. 

Para terminar, sugiro aos especialistas de tragédias, que espalhem que os tremoços (antigamente conhecido por “marisco do Eusébio”) também fazem mal a qualquer coisa. Não importa a quê, porque "o que é preciso é avisar a malta." (José Afonso).

Desabafo: sem querer cair no extremo oposto, ocorreu-me citar Winston Chuchill, que dizia que o grande segredo da longevidade, era beber, fumar e não fazer exercício físico. 
Morreu com noventa anos!


23/10/2015

DEUS TAMBÉM CHORA?
DIABOS ME LEVEM! SÓ ME FALTAVA SABER MAIS ESTA!

‘Diabos me levem’, repito! Esta frase tão popular, não tem nada de mal porque o dito ser também é uma criatura de Deus. Portanto, deve ser respeitada.
Eu próprio, que sempre adorei animais, não hesito em comer os que a minha cultura ou gosto consideram comestíveis. Quanto aos vegetais, não vejo grande diferença, já que também são seres vivos. Mas, há que sobreviver, mesmo sabendo que, mais tarde ou mais cedo, a morte surgirá a tudo o que vive.
E, a propósito de comer: será que os antropófagos também eram responsáveis pelos seus costumes dietéticos? Será que tinham consciência da velha justificação que Deus dá a liberdade ao Homem? Sendo assim, quem é o responsável pelas catástrofes naturais? 
Que estranha “criação” é esta, a de um Deus que alimenta a vida de vida e arrasa tudo com dilúvios para ficar tudo na mesma!
E que grande é a hipocrisia daqueles que deliram com o triste espectáculo que é uma tourada, e dos seus “actores”, que costumam rezar pedindo a protecção divina contra a hipótese de uma cornada!
Por ironia, chego a imaginar as discussões que devem ocorrer no céu entre S. Francisco de Assis, considerado pelos cristãos o protector dos animais, e o seu divino patrão, quando tomam conhecimento daquelas preces.
Devem ser mais azedas do que a palhaçada (ambição do poder) a que vimos assistindo entre o Coelho e o Costa, com a Catarina e o Jerónimo pendurados no segundo.

Papa Francisco: ao afirmar que “Deus chora por causa da pedofilia dos clérigos”, então devia dizer que ele não faz mais nada, já que o citado crime é apenas uma gota de água neste vale de lágrimas; chego a pensar que esta designação do mundo tenha tido origem na tal choradeira divina.
Se quer reformar a Igreja de que é chefe supremo (será?) e não deixá-la atrasar-se cada vez mais em relação ao mundo actual, terá que fazer uma reviravolta total. Mas, cuidado! Lembre-se do que aconteceu a João Paulo I, hoje completamente olvidado!
Por mim estou-me nas tintas, como se costuma dizer.

Embora historicamente próxima, a verdade é que a  Idade Média, técnica e racionalmente falando, está já muito distante. Hoje sabemos que o número de estrelas existentes é de dez elevado a sessenta, mais do que todos os grãos de areia de todas as praias da Terra!
Seria absurdo pensar que só existe um planeta onde se manifestou a “Criação” e que “no Princípio, Deus fez o Céu e a Terra” como consta no Primeiro Testamento da Bíblia, esse testemunho da mitologia hebraica enigmaticamente considerado como sagrado para parte da Humanidade.
Quando era criança, “ensinaram-me” que as igrejas eram as casas de Deus e que as trovoadas aconteciam quando “Nosso Senhor” estava zangado. A mim, parido e educado na capital de um país europeu em meados do século XX!
Mas, não tenho culpa de ter nascido com o bichinho da curiosidade e, já crescidote, reparei que as igrejas tinham pára-raios! E, não foi preciso mais para me tornar céptico a todo o tipo de dogmatismo.
Felizmente, vivi o suficiente para ver a revolução que se está a operar no conceito de Cristianismo, graças a verdadeiros heróis da pesquisa que não fazem como as avestruzes. 
Cito apenas três: padres Mário de Oliveira e Carreira das Neves, e o jornalista e escritor José Rodrigues dos Santos.
Concluo repetindo: diabos me levem, se me entendo com gente que acredita sem investigar tudo o que lhe impingem.

Desabafo: “Deixem-me ir sozinho para o Diabo, ou vão para o Diabo sem mim”! (Fernando Pessoa).


12/09/2015

DÊ O EXEMPLO, PAPA FRANCISCO!

Ao recomendar que todas as paróquias do mundo devem receber os refugiados de mais uma tragédia da História, à qual outras se seguirão, já que o mundo, a meu ver, só mudou tecnologicamente, ordene aos seus subordinados do Vaticano que façam o mesmo.
Muito melhor do que eu, sabe as centenas de divisões que constituem o ‘palácio dos papas’, cargo que o senhor, actualmente, detém.
Sabe, também, das incalculáveis riquezas que lá se encontram, a grande maioria roubadas aos não católicos, ou oferecidas por estes a troco de “favores” divinos” ou por medo do Inferno. Felizmente que este, inventado por membros da sua ‘seita’, foi extinto pelo agora santo (?!) João Paulo II.
Compreendo, perfeitamente, o seu receio em lutar contra a máfia da qual é rei absoluto. Mas, também é verdade, que tem mostrado alguma coragem nalgumas das suas decisões, como seja não aparecer ao seu povo dentro daquele ridículo “papamóvel”, onde se passou a deslocar o tal “santo” depois do balázio que apanhou.
Quando, em 2017, vier a Fátima, e se não se submeter a tal vergonha (e julgo que sim) quem vai sofrer são as centenas de seguranças, já que a “virgem”, com a sua mão, poderá estar a aprender como desviar as balas das vítimas do chamado Estado Islâmico.
Por isto tudo, sugiro-lhe que ordene a cedência do espaço e do dinheiro suficientes para ajudar os que fogem da guerra, o que é totalmente diferente daqueles, principalmente da África negra, que são incapazes de se governar e ainda fazem exigências quando se instalam na Europa. “Este Portugal é uma merda”, ouvi um preto (perdão, negro) dizer certa vez, e tive de ficar calado porque o anti-racismo primário que hoje reina nesta ditadura da democracia, viria a arranjar-me problemas. (Porque será que, no Funchal, a Rua das Pretas ainda não mudou o nome para Rua das Negras como, em Lisboa, existe o Poço dos Negros?)
Também estou curioso por saber se já leu os livros do Padre Mário de Oliveira, e se o vai receber como ele pediu. Porque, das duas uma: ou o senhor acredita em Fátima e em todas as “aparições” e “milagres” de que o mundo é prenhe (está no seu direito e eu respeito), ou não acredita e, neste caso, tem o dever moral de as desmistificar. Quanto muito, lançar a discussão sobre este assunto e explicar tantos outros como a idolatria das estátuas e a origem das finanças do Estado a que preside. A ver vamos. Mas, cuidado! Lembre-se do que aconteceu ao Papa João Paulo I, embora pela lógica cristã, deva ter sido a vontade de Deus.
                                     ……………….

Depois de mais este arrazoado contra a Igreja Católica Apostólica Romana, ocorreram-me as seguintes perguntas:
No caso português, que é o que me interessa, de que é que vive essa instituição?
1- Será verdade que está isenta de impostos?
2- Como é que são feitos os pagamentos a toda aquela hierarquia, desde os cardeais até aos padres e freiras? Serão mensais, como é mais comum, e os recebedores passam recibos verdes ou de qualquer outra cor? (Perdoem-me a piada).
3- Serão originados por dádivas voluntárias, transferidas do fabuloso Banco do Vaticano, ou impostas pelos Governos nos nossos…impostos?
Conclusão: poderia fazer mais perguntas, mas fico por aqui.
Apareça um candidato a primeiro-ministro que responda a estas perguntas e, se for verdade o que questionei, prometa (sem palavra de político) que vai aplicar as medidas necessárias para resolver estes assuntos. Não tenha medo! Hoje, devido às novas tecnologias, as “aparições”, como as de Fátima, seriam impossíveis.
Se esse improvável candidato surgisse, revalidaria o meu cartão de eleitor que, por este e outros motivos, rasguei há muitos anos.
                                 ……………..

Desabafo:
“Pois Deus dá licença que o que não existe seja fortemente iluminado” 
Fernando Pessoa (“Realidade” de Álvaro de Campos)






24/08/2015

TENHA CALMA, Sr.ª MAIA!
(Perdão, MAYA, que sempre é mais aristocrático).

Tenha calma e educação! Não sei quem foi que a nomeou como “apresentadora” da TVI, mas espero que lhe tenha dado um valente puxão de orelhas após o agastamento que o sorriso do padre Mário de Oliveira lhe provocou quando falou de Fátima, durante a entrevista.
Se vossemecê (termo usado por Lúcia e que é uma honrosa contracção de vossa mercê) fosse, de facto, uma apresentadora/moderadora, nunca teria manifestado as suas convicções e agressividade, mantendo-se neutra como devia. Até porque o padre Mário de Oliveira, como bem educado que é, não usou ali expressões hostis, como faz no seu livro, e que só atingem quem tem telhados de vidro; apenas sorriu.

Além disso, vossemecê, que “prevê” o futuro, não foi capaz de topar que um dos seus clientes era um jornalista, que escarrapachou toda a “consulta” numa revista saída recentemente. E depois foi um bico d’obra para lhe passar a factura de cem euros.
Mas a culpa, claro, não é toda sua. Sempre a eterna crendice humana e os espertalhões que dela se aproveitam.


Para terminar, peço-lhe que adivinhe um dos próximos números premiados do “totomilhões” e mo comunique. Dou-lhe a percentagem que quiser, para juntar àquele que, com as suas “consultas”, lhe vai saindo a prestações!  Aceita?


22/08/2015

PARABÉNS, PADRE MÁRIO DE OLIVEIRA!

Parabéns e todas as saudações possíveis a um padre que tem a coragem de desafiar o mito de Fátima que os seus chefes impõem. E quantos mais haverá que, por medo, fanatismo, sadismo ou vergonha não são capazes de fazer o mesmo.
“Conheci” o padre Mário num programa do canal Odisseia, transmitido em 2008 e que, felizmente, gravei devido ao interesse do tema focado: FÁTIMA!
Há dias soube que tinha saído um livro escrito por um padre chamado Mário de Oliveira, com o sugestivo título “Fátima S.A.”
Curioso, procurei na Internet informações sobre o autor e, quando o vi durante uma entrevista televisiva, notei que aquela cara não me era estranha.
Revi o programa gravado e tive o prazer de verificar que era o mesmo padre que, com linguagem maravilhosamente simples e chamando as coisas pelos seus nomes sem qualquer receio, punha a nu toda a fantochada do “teatrinho das aparições”.
Já o escritor João Ilharco, no tempo da chamada ‘primavera marcelista’, publicara um livro intitulado “Fátima Desmascarada” que consegui adquirir à socapa. Ainda hoje faz parte da minha biblioteca.
Passado tanto tempo, apenas me lembrava dele quando era “apanhado” pelas intermináveis transmissões que a televisão pública deste Estado, dito laico, oferece aos telespectadores a troco da taxa e da publicidade, tantas vezes enganosa.
Tive agora a grata satisfação de comprar o livro do Padre Mário de Oliveira e tomar conhecimento de que já escrevera outro intitulado “Fátima Nunca Mais”, que vou comprar a seguir.
A minha satisfação aumentou (e espantou-me) ao saber que o primeiro teve onze edições e que o actual, embora saído há apenas três meses, já vai na terceira! Parece de haver muita gente a querer abrir os olhos, embora eu não partilhe desse optimismo; maior que o Universo, só a crendice humana.
Recordo, a este propósito, uma frase que li quando era garoto num livro de ficção científica e que já citei neste blogue: “todos aqueles que não têm espírito de crítica por tudo o que julgam ter uma certeza ou uma finalidade, estão condenados a alimentarem-se de sombras”!
Mas o ser humano, como disse José Saramago, precisa de acreditar em alguma coisa; concordo plenamente, porque as pessoas têm de se entreter seja com o que for para quebrar a rotina e as religiões, sendo o “ópio do povo”, são o que melhor se presta a esse objectivo.
Porém, o que me irrita é quando as crenças atingem as raias do absurdo e, por imposição própria ou por terceiros (como aconteceu comigo), têm de ser aceites como um dogma.
Aos poucos que lutam contra estes tipos de droga, resta a consolação do apoio de uma minoria que, pelo menos, duvida e, por isso, investiga.
É o caso do Padre Mário de Oliveira, em relação às “aparições de Fátima”, mas crente em Deus.
Por mim, e como tenho escrito, sou agnóstico. Não posso provar que Deus existe como também não posso afirmar que não.
Mas, no Deus da Bíblia é que não acredito mesmo. As contradições entre as suas qualidades e o mundo que vemos são tantas, que nem merecem qualquer debate sobre o assunto.
Religiões, aparições, milagres, bruxarias, astrologia e afins, são temas que ninguém consegue impingir-me. Tentaram fazê-lo quando era garoto mas, felizmente, nasci com o dom de tentar esclarecer as coisas e não aceitar princípio algum que não possa ser explicado. Se não é, então fico na dúvida; prefiro isso a viver enganado.
A designação de “virgem parideira” usada pelo Padre Mário de Oliveira fez-me rir. E até está certo, já que, embora continue virgem, condição fundamental que a igreja de Roma exige para a “decência” das mulheres, teve mais filhos como a Bíblia refere. Mas, isso é tabu! (Mas, por que diabo me lembrei de um tal Aníbal? Já é obsessão!)
Por tudo isto tenha cuidado, Padre Mário de Oliveira. Olhe que os actuais inquisidores estão atentos. Se fanáticos como Sousa Lara ou Mário David, são conhecidos porque, como muitos outros, se meteram na política para “caírem para cima” se fizerem asneiras, outros estão na sombra esperando a oportunidade para o atacar. Valha-lhe a sorte de não ser famoso e de não ter recebido o Prémio Nobel da Literatura.
Tal como outras situações, as religiões são uma das maiores causas de guerras. O que hoje se passa com o chamado “estado islâmico” não é mais do que a continuação da história.
Muçulmanos atacam Muçulmanos (e não só os que não o são), como os Cristãos fizeram entre si na “matança da Noite de S. Bartolomeu” iniciada em Paris em Agosto de 1572 e que se prolongou por toda a França durante meses. François Dubois pintou um quadro sobre esse tema que se tornou célebre.
Se Cristo e Maomé voltassem a este mundo, certamente que ficariam horrorizados ao verem no que se tornaram as suas mensagens de harmonia entre os homens.
E, para terminar, vou referir dois casos relacionados com Fátima e que testemunhei.
A minha mãe, irmã e avó materna, com quem vivia, eram católicas praticantes, tal como toda a minha grande família.
Que eu saiba, apenas o meu pai não era uma coisa nem outra, embora não o manifestasse devido ao seu temperamento conciliador.  
Um dia, era eu ainda criança, a minha mãe convenceu o meu pai a ir a Fátima para falar com a mãe de Lúcia.
Eu também fui e, ao fim de longas horas pelas estradas da época, chegámos a Fátima.
Uma vez encontrada a morada da mãe da “vidente” que se encontrava sequestrada, situação que manteve até ao fim da vida, deparámos com uma senhora velhinha, vestida de preto, sentada em frente de uma casita.
Às perguntas que a minha mãe lhe fez, recordo apenas esta frase como resposta: “eu ouvia a minha filha a falar”. É curioso como da ‘entrevista’, que a pobre velhota devia repetir a todos os que a procuravam, só aquela frase me venha à cabeça. Do “outro lado” parecia não haver interlocutor.
Este facto foi comentado pelo meu pai, já durante o regresso a Lisboa, e julgo que a minha mãe “engoliu em seco”, mas até ao fim da sua vida continuou com a sua crença.
O segundo caso deu-se alguns anos depois, era já adolescente e céptico com tudo o que se relacionasse com religiões.
Nessa época tínhamos uma mulher-a-dias que foi convencida pela minha mãe e avó a ir a Fátima, não me recordo porque motivo.
Como o marido tinha uma lambretta (espécie de moto muito em voga nos anos cinquenta), resolveram fazer a viagem. Mas as coisas correram mal; uma avaria abortou as suas intenções peregrinas e voltaram para trás.
Muito agastada, a mulher contou o que se passara e disse que nunca mais se meteria em semelhante aventura.
A minha mãe ainda tentou explicar-lhe que “nossa senhora” tem por hábito testar as pessoas para pôr à prova a sua fé mas, espertalhona como era, a mulher não se deixou convencer.
E tinha razão! Como são estranhas as religiões que apregoam a omnisciência das suas divindades, mas reconhecem que não prevêem o futuro.
E concluo, citando o velho provérbio relembrado pelo Padre Mário de Oliveira no seu livro: “fia-te na virgem e não corras; verás o tombo que levas”.
Deve ser por isto que, apesar da sua fé, pelo seguro, os peregrinos caminham pelo lado esquerdo da estrada, o que, aliás, não impede os acidentes. Coisas…


12/07/2015

É A VIDA!

“É a vida”, “tenho o destino marcado”, “ seja o que Deus quiser”, “que o novo ano, ao menos, não seja pior do que o anterior”, “isto só neste país”, “que triste sina”, “é o nosso fado”, “lá fora é que é bom”…
“Que tempo horrível”, “que calor insuportável”, “não se aguenta este frio”, “são estas mudanças de temperatura e a humidade que dão cabo dos ossos, provocam gripes e constipações”, “nunca se viu um tempo destes”…

A que propósito vem a menção de frases tão típicas do nosso Povo?
É simples. A crise grega e a nossa endémica falta de auto-estima.
Não me interessa saber se os Gregos devem toneladas de papel e metais (ditos preciosos) à firma Lagarde & Companhia Lda. Mas sei, por experiência própria, que se orgulham de ser quem são como ultimamente têm provado.
Nós, Portugueses, exceptuando no futebol, “damos o cu e meio-tostão” por dá cá aquela palha, como dizia o meu saudoso professor de ciências físico-químicas no 2º ciclo dos liceus. E eu acrescento: até vendemos a Língua, à falta de meio-tostão, já que cu continuamos a ter, por enquanto.
Paradoxalmente, vamos fazer novecentos anos de História e temos as fronteiras mais antigas do mundo. Depois de sessenta anos sob o jugo espanhol numa época em que a média de vida não chegava aos cinquenta anos e por isso grande parte da população já era espanhola, soubemos reconquistar a independência. E, não satisfeitos com isso, ainda retomámos a posse do Brasil e de Angola!

Será do clima? Certamente que não, uma vez que há muitos povos com condições climáticas muito mais severas que as nossas.
Este tema talvez seja motivo para um próximo texto, mas à escala mundial, perdão, ‘global’.
Entretanto, transcrevo esta anedota que se contava nos meus tempos de menino e moço:

Cristo voltou à Terra para ver (no terreno) como iam as coisas por cá.
Tendo encontrado um homem que chorava, perguntou-lhe:
-Porque é que choras, irmão?
-Porque sou cego.  
-Então abre os olhos e vê.
E o homem passou a ver.
Mais adiante, encontrou outro a chorar.
-Porque é que choras, irmão?
-Porque sou paralítico.
-Então levanta-te e caminha.
E o homem começou a andar.
Pouco depois encontrou outro que chorava desalmadamente.
-Porque choras, irmão?
-Porque sou português.
Desanimado, Cristo sentou-se a seu lado e começou a chorar também!!!

***



02/07/2015

DORES NAS COSTAS, FUNGOS NAS UNHAS, DIARREIA, OBSTIPAÇÃO… BASTA!

Como tenho dito, não costumo ver televisão para além dos canais que me interessam, como o “Odisseia”, “National Geographic”, “História” e poucos mais.
Mesmo assim, quando passo por alguns momentos pelos canais portugueses (excluo a RTP 2) sinto vontade de gritar por socorro!

De repente, toda a gente passou a ter dores nas costas e nas articulações porque, dizem, “a partir dos trinta anos os ossos principiam a deteriorar-se e a tornar-se rendilhados”.
Ao saber da existência deste fenómeno, confesso que começo a preocupar-me com o meu estado de saúde. É que as radiografias que por rotina tenho tirado para saber como está a “máquina”, não mostram nada disso. Só me faltava mais esta; além da loucura, tenho ossos diferentes das outras pessoas, apesar de já estar com 72 anos!
Porém, fiquei um pouco mais tranquilo quando me lembrei da trabalheira que os coveiros têm com as ossadas que, teimosamente, resistem ao tempo e à cremação. Afinal, não sou assim tão anormal.
Por outro lado tenho pena, porque gostaria de seguir a moda e encharcar-me em “Cálcio +”, mesmo sabendo (e é a opinião de dois médicos com quem falei) que uma dieta equilibrada fornece a quantidade necessária. Assim, a publicidade a tal produto devia ser proibida devido a possíveis calcificações nos rins e até nas artérias!
O cálcio é um elemento natural, apregoam os publicitários. Pois é. Trata-se de um dos 92 elementos que constituem o Universo, e não é por isso que o consumo em excesso não seja prejudicial. Uti, non abuti!
Mas, como até Júlio Isidro, que possivelmente nunca tomou “Cálcio +, aparenta estar em plena forma, acredito que muita gente vai seguir o seu conselho. Afinal, trata-se de uma figura que todos conhecem graças à televisão. Por isso, ‘palavras para quê’?
Sei, por experiência própria, que a malta da Rádio e Televisão (para só falar desta) tem um grande poder persuasivo. Até nunca se engana e raramente tem dúvidas, como um tal Aníbal que há dias declarou saber que «19-1=18». 

E quanto aos fungos nas unhas? Não querendo também ser diferente dos outros nesse pormenor, já basta ter também vinte unhas tenho tentado, desesperadamente, encontrá-los pelo menos numa delas; mas em vão!
Confesso que me sinto vexado! Porque diabo as minhas unhas não servem de jardim a esses fungos, para utilizar o tal produto que, até acredito, resolva o problema? De facto, não sou normal, o que me põe mais infeliz do que um peru na véspera do Natal.

Mas, a esperança é a última a morrer. Talvez um dia destes tenha uma diarreia e, sem o Imodium que faz parar a caganeira antes que ela nos pare a nós, terei de correr, desatando as calças, para o ‘gabinete das meditações urgentes’.
Uma vez sentado na típica cadeira desse gabinete, onde toda a metafísica morre, talvez a situação acabe por se inverter.
Assim, terei de tomar um laxante e transferir o meu quarto para aquele tão acolhedor dos aflitos como simpático gabinete.

Até pode acontecer que me liberte das minhas angústias metafísicas já que, como disse, 'aquela ciência (?!) morre ali'!


  

11/06/2015

EM 2017 VEM AÍ O CHICO.
OREMOS!

Habemos Papam!
Estas palavras em latim, eram pronunciadas pelos tipos que, depois da bronca da papisa Joana, confirmavam que o papa eleito por “inspiração divina” era macho!
Para isso, o representante na Terra do “astronauta” Jesus Cristo tinha que se sentar numa cadeira com um buraco em que os penduricalhos (vulgo testículos e não só) faziam jus àquele nome.
Para quem conhecia instrumentos musicais, a tarefa talvez fosse mais fácil, já que poderia distinguir com um simples toque se se tratava de uma gaita-de-foles ou de uma gaita-de-beiços. Assim, a hipótese de o eleito ser capado era imediatamente excluída. Tinham-lhos cortado, mas era homem. Deo gratias!

Vem isto a propósito da anunciada visita do papa Francisco a Portugal, no centenário das “aparições” de Fátima. Cada qual engole o que quer ou é obrigado a engolir, nem que seja por questões de sobrevivência ou de não querer ser desmancha-prazeres.
Se eu for vivo, e ainda existir o programa da RTP “Prós-e-Contras” ou similar, terei a oportunidade de blasfemar mais uma vez sobre a visita de mais um papa “que mudou o mundo”!
Talvez nesse já tão próximo ano (o tempo passa a correr) até tenhamos Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente da República. Desta vez a saudar tão augusta visita, não apenas com o seu característico “nós, os católicos”, mas em nome de toda a Nação Portuguesa. Mas, seja quem for, (há vários pretendentes ao poleiro do “Palácio dos Pasteis”), será sempre melhor que o senhor Aníbal, pelo menos no que respeita a cultura e saber portar-se em público.

E virão milhares de peregrinos despejar os seus bolsos para gáudio dos comerciantes de Fátima (não os condeno porque andamos todos ao mesmo) e enriquecimento da 'máfia' do Vaticano e de todos os corruptos e ladrões que se governam à custa da chamada democracia (à portuguesa).
É claro que o facto de ter ou não testículos, é apenas uma convenção de poder aliada à masculinidade. Não sei se o papa Francisco os tem e como os usa, além de ter, como todos os homens, o problema de arrumá-los nas cuecas. Há sempre o esquerdo que, mais proeminente que o companheiro, tende a escapar daquela peça de roupa que os aprisiona.
Mas, com ou sem eles, e pelo menos até hoje, o Sr. Francisco não teve coragem para seguir o exemplo do filme “As Sandálias do Pescador”, protagonizado por esse génio do cinema que foi Anthony Quinn. Até porque pode acontecer-lhe aparecer morto na cama, como João Paulo I!
Assim, toneladas de cera (ou estearina) serão queimadas e recicladas, e toneladas de souvenires, incluindo os comprados na “sex-shop” local, livrarão os crentes da maldição do extinto Inferno.

E, a terminar e como é costume, teremos lágrimas e lenços no 'adeus à virgem'. Como é de gesso, é natural que se mantenha nesse estado “puro”, com a magnífica coroa, maior que a cabeça, enfiada na dita.
Até pode ser que o sol volte a “dançar”. Não se esqueçam que hoje, com as novas tecnologias, é fácil fazê-lo bailar em qualquer ritmo, mesmo sem o regime de aguaceiros que ocorria naquele dia treze de Outubro de 1917. Qualquer pessoa com um mínimo de aptidão para a meteorologia, pode observar esse fenómeno quando as condições são favoráveis; são semelhantes às que provocam os arco-íris. Mas, mesmo que apareça qualquer deles, tornar-se-á num milagre.

E termino pedindo que urinemos pela próxima visita papal.

Nota
Depois de rever o texto, peço desculpa aos crentes, mas a verdade é que queria escrever OREMOS! A culpa foi da bexiga que começou a apitar avisando que estava repleta de cerveja.

 ***
(Adenda)

«Parecer da Santa e Geral Inquisição:

"Já é tempo que este nosso querido irmão, que o demo possui, abjure das suas heresias. Mas, se continuar, seremos forçados a entregá-lo ao Braço Secular pedindo, com é hábito do Santo Ofício, solicitar compaixão e piedade para com esta alma perdida.
Assim, pedimos que, no caso de não haver arrependimento, a lenha utilizada na fogueira, seja composta por ramos verdes, para não provocar um súbito e incómodo aquecimento."

Os Inquisidores deste Estado (dito) Laico:

Kruz Abecassis, o destruidor do Cine-teatro Monumental, que em 1988 ameaçou destruir o cinema que apresentou o filme "Je vous salue Marie". Já falecido, mas que lá do além deve recordar o incêndio do Chiado e os canteiros que 'plantou' na Rua do Carmo e muito dificultaram a passagem dos bombeiros aquando do grande incêndio de Agosto de 1988.  
Sousa Lara, que mandou cortar o escritor José Saramago da lista dos candidatos ao Prémio Literário Europeu
Mário David, que exortou José Saramago a renunciar à cidadania portuguesa por se sentir "envergonhado" com as declarações do Nobel da Literatura sobre a Bíblia. »



04/06/2015

POR FAVOR, NÃO DIGAM CORÃO!

No primeiro artigo deste blogue inventei um pequeno texto sobre este tema e expliquei porque é que o artigo invariável árabe “al” é um prefixo que não pode ser omitido nas cerca de seiscentas palavras portuguesas derivadas daquela língua.
Até o Dr. Suleiman Valy Mamede, presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa, explicou isso no prefácio da edição do Alcorão que possuo.
Mas, volta e meia, temos de ouvir muitos jornalistas a omitirem aquele prefixo, imitando, como sempre, o que ouvem noutras línguas. Excepto em espanhol, como é evidente por razões históricas.
Trata-se de mais alguns “apátridas da língua”, como tão bem classificou Pacheco Pereira em relação aos que adoptaram o chamado acordo ortográfico.

É gente mais papista que o papa ou ignorante, uma vez que (julgo eu, pois já não sei nada) tal asneira não faz parte das outras que proliferam no aludido acordo.
Sei que muitos jornalistas estão contra mais esta traição à nossa língua, mas têm de cumprir as ordens dos directores, por sua vez lacaios do Poder. No fim de contas, é preciso ganhar a vida.
Num exemplar de “O Correio da Manhã” que, como já escrevi, folheio uma vez por semana num clube que frequento, li um artigo do excelentíssimo vice-director daquele jornal, onde dizia que “era preciso acabar com a distinção entre os que seguem, ou não, a ‘nova ortografia’”. Mas, quem é esse senhor para emitir semelhante opinião? Cumpra as ordens e não critique os outros, ou talvez fosse melhor ir plantar batatas, porque há muita fome no mundo.

Hoje telefonei a uma velha amiga, ‘velha’ de mais de cinquenta anos, que reside no Brasil e aproveitei para saber o que por lá se diz sobre o assunto.
Fiquei a saber que cada qual escreve como quer (incluindo a imprensa) e, como já calculava pelo que se lê na Internet a maioria não acerta numa palavra.
Falei depois com outra amiga que é tradutora, e que tem recebido reclamações do estrangeiro devido aos supostos “erros” que estão a surgir nas traduções. Quando esclarecidos, os Ingleses acham tudo muito estranho e confuso!
E concluiu: “o que diriam os norte-americanos, os australianos e demais países de língua oficial inglesa, se a Inglaterra modificasse a sua grafia e quisesse chegar a acordo com eles?” O mais provável era fazerem 'aquele gesto' bem português atribuído a Rafael Bordalo Pinheiro.
Querem apostar que nos países da chamada Comunidade de Povos de Língua Portuguesa, acaba por ficar tudo em águas de bacalhau, pois não é com a assinatura de um político que se impõe uma língua ou um modo de escrever?
Se isso acontecer, lá ficaremos mais uma vez “orgulhosamente sós” impregnados de saudade e empenhados, não só em dinheiro, mas em arranjar outro modo de voltarmos ao tempo das caravelas.

Nota:
Para quem não queira procurar no blogue o que escrevi a respeito da palavra ‘Alcorão’, vejam o excerto a seguir. 
“Presunção e água benta, cada qual toma a que quer”, lá diz o velho rifão.

 (Excerto)
Uma vez resolvi passar um fim-de-semana em ‘Bufeira, no ‘Garve.
Assim, abandonei cedo as ‘mofadas, vesti uma camisola de ‘godão, meti algum dinheiro na’gibeir, e lá fui na minha carripana.
Passei o vale de ‘Cântara, atravessei a ponte dita 25 de Abril, e deixei ‘Mada para trás.
Chegado a ‘Cácer do Sal, parei para comer umas ‘môndegas de ‘catra, acompanhadas de com salada de ‘face temperada com um excelente ‘zeite*.
Prossegui viagem, e tendo passado por ‘Justrel, aproveitei para beber uma cerveja sem ‘cool e ver uma antiga ‘zenha*
Finalmente cheguei a ‘Bufeira onde, para meu espanto, não encontrei nenhum odor relacionado com essa palavra, a qual parece mais empestar a Língua Portuguesa do que as narinas dos cidadãos!

*O alfabeto árabe distingue dois tipos de consoantes, as lunares e as solares.
Se a primeira consoante for lunar soará “al”. (Ex. al-qaçr);
Se for solar, o “l” passa a “z”. (Ex. az-zait).  
  



17/05/2015

O FIM DO “PUM-TCHIM-PUM”
NOS AUTOMÓVEIS.

Já repararam que a moda do “pum-tchim-pum” com um nível sonoro capaz de provocar lesões auditivas, além de outros danos físicos causados pela adição dos chamados subwoofers passou a ser uma raridade?
Quando um carro equipado com aquele estúpido sistema passava perto de mim ou fazia vibrar os vidros das janelas, sentia vontade de encurralar a besta do condutor e mantê-lo dentro do carro até ficar surdo de vez. Depois, e porque embora defensor da pena de Talião, não sou mau de todo, pagava-lhe as consultas no otorrinolaringologista.
Agora que este fenómeno social, como tantos outros, passou à história, ocorreu-me escrever um texto sobre aquilo a que, comummente, se chama moda.
Desde criança que nunca compreendi esta faceta da espécie humana tão peculiar aos símios. Será por descendermos de um ramo comum?
É óbvio que apesar de não compreender, em criança tive de usar boina, calças “à golfe” (como o Tim-Tim)*, suspensórios e, mais tarde, a gravata. E é óbvio porque, se recusasse, no mínimo a desobediência resultava numa repreensão com a respectiva ameaça de açoites
Mas, já que tinha de andar “fardado” segundo a idade e a época, gostava, para meu divertimento, de reparar nas mudanças de indumentária à medida que os anos iam passando.
Ao princípio vinha tudo de Paris. Até os bebés, embora viessem todos com o mesmo trajo natural, diferindo apenas no peso e outros atributos naturais, como o que tinham (ou não tinham) entre as pernas.
Depois, tornou-se “chique” comprar as fatiotas numa casa chamada Old England , situada na Rua Augusta, em Lisboa.
Lembro-me dela porque, como filho varão de uma das “boas famílias” lisboetas, andei vestido com as últimas novidades “Made in England”.
Na mesma rua havia a “Casa Africana”, que exibia como reclame um preto carregado de malas. A coisa não incomodava ninguém, até porque era usual dizer-se que “o trabalho era bom para o preto”. Hoje, aquela figura seria considerada como racismo imperdoável, a menos que a casa tivesse mudado o nome para Casa Europeia e o preto fosse substituído por um branco, que naquela época era classificado de galego ou moço de fretes.
Os Portugueses, sempre amantes de tudo o que é estrangeiro, começaram a perceber que o francês estava a ficar fora de moda e adoptaram o inglês, hoje no apogeu da idiotice e servilismo a “Sua Majestade” britânica.
Mas deixo este assunto para o próximo artigo, para desabafar o agastamento que o anúncio da cobertura que a RTP ia fazer (e deve ter feito) das eleições no reino da dita majestade me provocou.
Serão as modas provocadas pela necessidade de imitar, inveja, medo de destoar dos outros, necessidade de afirmação ou tudo junto? E aquelas que são impostas por motivos religiosos? Os sociólogos que respondam. Para mim, estas razões são o motivo para que a grande maioria das pessoas siga os chamados ditames da moda. Mas, reconheço que sou eu quem esteve sempre fora de moda neste mundo. E, para alivio das minhas inquietações metafísicas, oxalá tivesse nascido só com essa preocupação.
Após este desabafo, veio-me à memória alguns aspectos curiosos das modas que fixei, e que ainda hoje me fazem sorrir para alívio das minhas “iscas”.
Era eu ainda criança, quando surgiu a moda dos chapéus com “pára-raios” usados pelas senhoras. (Entenda-se como senhoras as mulheres das classes média e alta). Chamava-se assim aos chapéus ornamentados com uma grande pena de ave colocada quase na vertical. Como nem nos cinemas as senhoras descobriam as cabeças, foi necessária uma determinação governamental a proibir o uso daquele ornamento durante as sessões, para não prejudicar a visão de quem estava atrás.
Algum tempo depois surgiram as saias apertadas, de tal modo que as senhoras pareciam umas 'entrevadinhas', produzindo um “tique-tique” acelerado com os saltos dos sapatos, quando tentavam caminhar mais depressa. Jacques Tati, no filme Play-Time (em português “Tempos Modernos”) parodia com o seu característico humor sem palavras, aquela moda tão ridícula como incómoda.
Muitos anos depois, veio a moda da mini-saia, logo seguida, como não podia deixar de ser, pelo oposto para dar nas vistas: a maxi-saia.
Ainda não estava reformado, quando surgiu a tristemente famosa moda das calças rotas, uma autêntica ofensa a quem é pobre. Recordo o momento em que uma colega descia num dos elevadores do edifício da RDP, então situado nas Amoreiras. Adepta dessa moda, teve o azar de encontrar o presidente do concelho de administração, que descia também.
-“A senhora não tem dinheiro para comprar umas calças?”, perguntou.
O resultado foi uma ida à loja mais próxima comprar outras. Pelo menos naquela casa, aquela moda não pegou.
De há uns anos para cá, temos os cabelos caídos sobre um olho, o que provoca o contínuo sacudir de cabeça ou o afastamento da madeixa com a mão que, como é óbvio, volta a cair. Já dei por mim a fazer o mesmo enquanto via uma entrevista a uma senhora na televisão. É que, tal como os bocejos e a loucura, os tiques são contagiosos.
E, para terminar, porque não falar da autêntica loucura que se vê em lugares públicos de lazer? É rara a pessoa que não tenha um telemóvel, ou outra maquineta do género, e passe o tempo a esfregá-lo com o dedo indicador.
Bem sei que este dedo não tem só a função correspondente ao nome mas, se ele se gastar, como vai poder continuar a esfregar coisas muito mais sensíveis do que um aparelho electrónico? Francamente, não encontro resposta e, a verdade, é que cada um usa o dedo indicador como quer, mesmo que, como se dizia no meu tempo, “não se aponta que é feio”. A partir daí, tabu!

*Em “Tim-Tim e os Pícaros”, último álbum do imortal herói de banda desenhada, Hergé substituiu as calças “à golfe” por jeans. Esta decisão desagradou a muitos dos seus admiradores, embora a história seja fantástica.


                                                                                            

31/03/2015

HINO A CAPPELLA…COM ORQUESTRA!

“Lá fora, a excessiva quietude da noite de província fazia um grande barulho ao contrário” (Fernando Pessoa).
Tão realista como poética, esta definição veio-me à memória quando um comentador da RTP disse, antes do jogo de futebol Portugal vs Sérvia, que o Hino Nacional tinha sido cantado a cappella, termo italiano que significa canto sem acompanhamento instrumental.
E veio-me à memória porque começo a temer que esteja a ficar surdo ao contrário. A razão foi porque “pareceu-me” ouvir instrumentos enquanto o público cantava.   
Depois de me ter convencido de que não fora vítima de uma ilusão, lembrei-me que, com um pouco de jeito, poderia arranjar um texto para a introdução que é só orquestral, e que normalmente não se ouve porque o comentador continua a falar. Depois de muito estudar o assunto, concluí que o mais apropriado seria “batatas, senhor comentador!”
E, fazendo da capo, isto é, voltando ao início, seria interessante acrescentar termos culinários como “assadas”, “fritas”, “cozidas” ou, de preferência, “A MURRO”!



23/03/2015

CENSURA OU LIBERDADE DE IMPRENSA? 
O DIABO QUE ESCOLHA!

Confesso que me custa muito pôr esta questão mas, a verdade é que há muito tempo que penso nela. Há dias, porém, ao ver a cena vergonhosa entre aquela cambada de “melgas” e o advogado João Araújo, confesso que a embirração que sinto pela maioria dos jornalistas voltou a dominar-me. Caramba! O homem até foi mal-educado; mas, não terá direito à indignação uma pessoa que não pode sair à rua sem que lhe chovam em cima dezenas de perguntas e lhe barrem a passagem com microfones? Com que direito é que essa gente interroga, fotografa e filma sem perguntar se o visado a isso está disposto?
“Este senhor não compreende a nossa profissão”, é o clássico comentário quando alguém reage mal aos seus ataques, mas não se lembram que os outros podem estar a fazer o mesmo, como foi o caso.
Será que, na pomposamente chamada Escola Superior de Jornalismo, não se ensina que é falta de educação insistir em perguntas quando alguém declara não estar disposto a fazê-lo? Uma das meninas protagonistas daquela triste cena, até teve o arrojo de insistir argumentando que “precisava de saber”!
Com que direito? Nem nos tribunais os réus são obrigados a responder aos juízes.
Agora, dizem que vão processar o advogado. Quem se deve estar a rir é Alberto João Jardim, que não hesitou em classificar de “bastardos, para não lhes chamar filhos da puta”, alguns (note-se) jornalistas do Continente quando estes se meteram com a reforma que ia receber. Ficou com tanto medo das ameaças do presidente do Sindicato dos Jornalistas que, algum tempo depois, até fez uma valente “caralhada” dentro de um autocarro para os chamados media.
Vendedores de um produto chamado notícia, a maioria actua como qualquer comerciante, apenas com uma diferença: o vendedor que tenta impingir fruta de aspecto duvidoso, não corre atrás de nós ou barra-nos o caminho. Quando muito, murmura algumas imprecações e tenta enganar outro.

Mas, há mais. Na ânsia de vender os seus produtos, investigam tudo o que lhes cheira a escândalo ou catástrofe para depois exibirem grandes títulos seguidos de textos onde deturpam, ampliam (nunca o contrário) lançando muitas vezes o pânico entre a população.
Quem não se lembra das vacas loucas e das gripes suína e das aves, para só falar destas? Bastava aparecer uma avezita morta para abrir os telejornais com um jornalista logo enviado para “o terreno”, olhando para o pequeno cadáver desejoso de que a causa da morte fosse a famigerada gripe. Pouco depois já se falava de epidemia! Mas, se a desejada tragédia não se confirmava, o desmentido passava para terceiro plano, como é prática normal entre estes vendedores de tragédias.
“Cinco polícias na casa da morte”, era o título em letras enormes que o “Correio da Manhã” exibia na primeira página há uns tempos atrás. Como frequento um clube que adquire esse jornal, uma vez por outra folheio um exemplar apenas para me divertir com os contumazes cabeçalhos bombásticas.
Daquela vez, porém, fiquei chocado; a notícia referia-se à investigação policial sobre a morte do filho de Judite de Sousa. Francamente! Nem o respeito pela tremenda dor de uma colega de profissão, deteve a ganância de vender. Não lhes chega a exibição a cores de centenas de cus e de mamas, estas curiosamente com uma pudica estrelinha sobre os mamilos, do putedo nacional!
Aquando das obras de alargamento do tabuleiro da ponte chamada “25 de Abril”, um jornal publicou na primeira página uma fotografia tirada de modo a que se visse bem a curvatura côncava que o dito tabuleiro apresentava. Por cima, o título era eloquente: “A ponte deu de si”.
Eu já tinha notado isso face ao desempenho do motor do carro,  habituado à natural convexidade, facto que nunca me preocupou.
No entanto, uma colega sabedora das minhas travessias semanais, teve o cuidado de me avisar do “perigo” que corria.
Embora confiante nos engenheiros responsáveis pela obra, deu-me para ler o texto onde se procurava lançar o pânico entre os utilizadores da ponte.
Numa entrevista a um dos engenheiros, este explicou (para provável desespero do jornalista) que o tabuleiro iria arquear um pouco mais, mas sem atingir os limites de segurança.
Depois de ler, só lamentei o facto de o entrevistado não ter dito: olhe, quando a ponte voltar à posição normal, não se esqueça de publicar uma fotografia e referir-se ao assunto com as mesmas parangonas.

“Palavras cruzadas, perguntas inúteis”, era uma frase omnipresente num divertido programa de rádio do início da minha adolescência. Ainda não havia televisão, e a telefonia estava ligada durante todo o dia. Julgo que era protagonizado por Camilo de Oliveira.
Aquela frase vem-me frequentemente à memória quando oiço as tão idiotas como inúteis interrogações que devem fazer parte do programa de ensino da delirante escola de jornalismo: “Ganhou esta prova; está contente? Porquê?” “Ficou desempregado; isso preocupa-o? Porquê?”
Quando oiço isto, nas poucas vezes que tenho pachorra para aturar um telejornal mais de dez minutos, recordo uma entrevista de uma senhora jornalista a uma menina, amante do desporto, e que, devido a um acidente, tinha ficado paraplégica.
-“Tens pena de não poderes voltar a correr?
-“Tenho!”
-“Porquê?” perguntou a estúpida besta enquanto a mãe, ao lado da filha, em vez de partir a cara àquela profissional da coscuvilhice, esboçava um sorriso de tristeza.

“O que irá acontecer quando a sociedade de consumo chegar à saciedade de consumo?” é o tema de uma das tiras da imortal Mafalda criada por Quino. Quando me lembro disto, chego a ter saudades dos telejornais em que um locutor começava por dizer: “do País”, e lia os papeis que tinha à frente. Depois, anunciava “do Estrangeiro”, e prosseguia na leitura.
Devido às limitações técnicas da época, apenas apareciam as imagens mais relevantes e, como é óbvio, o que a censura autorizara.
Hoje, caindo no extremo oposto, os telejornais abusam do tempo que lhes é concedido, em que cada notícia é apresentada por um jornalista diferente. A maior parte das vezes, nem sequer dá a cara, substituindo-a por imagens que apenas servem para desviar a atenção. Fala-se de um banco, e logo aparece a fachada de uma das agências e gente a levantar dinheiro; fala-se de crise (oiço-a desde que nasci) e vê-se pessoas a passarem nas ruas; e, para quê mais?
Agora que se aproxima a chamada “época de incêndios” lá vamos ter como pano de fundo uma floresta a arder. E, como título, PORTUGAL EM CHAMAS!
Concluindo: censura não! Mas que, por vezes, é necessária, sim! “Cruel dilema”, como diz Vasco Santana em “O Pátio das Cantigas.